segunda-feira, 10 de janeiro de 2022

Autores: Alex Goldfarb e Marina Litvinenko. Analise (opinião ) literária. Indicação de leitura. Desenvolver o prazer pela leitura.

 

O livro "Morte de um Dissidente" trata da morte de"Sacha" Litvinenko, o ex-agente da FSB (a antiga KGB). Sacha foi envenenado por uma substância raríssima, o polônio-210, e enquanto agonizava diante das câmeras de todo o mundo, acusou Putin de ser o mandante do crime. A história é narrada por Goldfarb amigo próximo da família de Litvinenko e Marina Litvinenko, viúva de "Sacha".
De narrativa dinâmica e detalhada, os autores nos prendem a história contada, de forma definitiva, ao jogarem luz sobre a vida e a trajetória política de um personagem que todos com certeza têm muita curiosidade, e consequentemente muitas perguntas que gostariam que fossem respondidas, esse personagem é Putin, o"eterno", ( Pois é essa a impressão que todos têm) presidente da Russia. 
Os autores contam, sempre é claro do seu ponto de vista, as mazelas nos bastidores da política Russa logo após a queda do regime comunista, e como Putin soube se utilizar do passado político da Rússia e sua estrutura, como estratégia para se adaptar a nova realidade do país, em que o poder financeiro havia mudado de mãos com as privatizações pós queda do regime comunista. 
Fica também muito claro para os leitores, segundo a narrativa imposta, a astúcia do líder russo em manipular fatos e situações, com frieza e sem escrúpulos. 
A leitura é fundamental para quem quer entender um pouco mais sobre a história recente desse intrigante país que é a Rússia, é  claro, sempre com um olhar crítico, pois quem aqui relata os fatos fez parte dessa história, e como sabemos as histórias sempre têm vários lados, cada um de mirante diferente, no entanto a verdade é só uma, será?.
Recomendo a leitura, pois independente das visões,  o livro trás muitas informações. 

Abaixo uma pequena descrição:

"Em outubro de 2000, o biólogo e ativista político Alex Goldfarb recebeu um telefonema de seu amigo Boris Berezovski, o empresário russo que, depois de tornar-se uma das pessoas mais ricas e poderosas do país, caíra em desgraça e fora obrigado a exilar-se na França. O assunto do telefonema era Alexander "Sacha" Litvinenko, o ex-agente da FSB (a antiga KGB) que, anos antes, tornara-se famoso ao afirmar - em uma coletiva de imprensa, rodeado de agentes mascarados - que altos funcionários da FSB planejavam assassinar Berezovski. Na época, o presidente da FSB era o até então desconhecido Vladimir Putin. Litvinenko foi punido à moda antiga: abriu-se um processo em que a FSB o acusava de ter agredido um suspeito, e Litvinenko acabou preso, foi libertado meses depois e em seguida voltou para trás das grades, réu de uma acusação semelhante. Goldfarb conhecia o caso. Quando ainda trabalhava para o megainvestidor americano George Soros, tentara em vão entrevistar Litvinenko, como parte de um programa para erradicar a tuberculose das prisões russas. Soube, por Berezovski, que Sacha, sentindo-se cada vez mais ameaçado, fugira para a Turquia com a mulher e o filho, e precisava de ajuda. Goldfarb, ele mesmo um dissidente da época do comunismo, não hesitou e partiu em seguida para o sul daquele país, onde os três estavam escondidos. Em uma seqüência de eventos que em muito lembra um romance de John le Carré, Goldfarb conduziu os Litvinenko até Ancara, depois Istambul e então para a Inglaterra, onde planejavam pedir asilo político. Após algumas semanas turbulentas, quando ainda pairava o fantasma da deportação, a Inglaterra os acolheu e, com ajuda financeira de Berezovski, os Litvinenko se estabeleceram em Londres. Seis anos depois, Sacha foi envenenado por uma substância raríssima, o polônio-210".

Um livro publicado pela editora Companhia das letras, primeira edição (11 de julho 2007).

quarta-feira, 5 de janeiro de 2022

"Viagens na minha terra": Autor: Almeida Garrett. Análise ( opinião) literária. Indicação de leitura. Desenvolver o prazer pela leitura.

O livro "Viagens na minha terra", é sem dúvida alguma uma leitura muito difícil de se fazer, quando digo difícil, me refiro sim, a dificuldade de compreensão que a narrativa nos impõe. A obra foi publicada originalmente em folhetins na Revista Universal Lisbonense entre 1845 e 1846, sendo editada em livro apenas em 1846. Tida como obra única no Romantismo português por sua estrutura e linguagem inovadoras, Viagens na minha terra é um marco para a moderna prosa portuguesa e um importante documento de referência para entender a decadência do império português. Uma mistura entre literatura de viagem, autobiografia, reportagem, crítica política e romance histórico, faz com que o leitor que por ventura se atreva a encarar essa obra, tenha que fazer antes uma imersão, em todo o contexto histórico que envolve o período anterior a elaboração do livro.

Comecemos então por contar um pouco da história do autor. 

Almeida Garrett nasceu na cidade do Porto, Portugal, em 1799, com o nome de batismo de João Leitão da Silva. Durante sua época de estudante de Direito, em Coimbra, passou a adotar o nome que o tornaria célebre: Almeida Garrett. Participou da revolução liberal e ficou exilado na Inglaterra em 1823. Durante esse tempo, casou-se e teve contato com o movimento romântico inglês. Em 1824 mudou-se para França e escreveu Camões e Dona Branca, obras que inauguraram o romantismo português. Ávido defensor do liberalismo, Almeida enfrenta outros diversos exílios ao longo dos anos.

Após retornar definitivamente a Portugal, passa a incentivar a literatura e o teatro, escrevendo inúmeros livros e peças teatrais. É dele, por exemplo, a iniciativa de criar o Conservatório de Arte Dramática e o Teatro Normal (atualmente Teatro Nacional D. Maria II, em Lisboa). Faleceu em Lisboa no dia 9 de dezembro de 1854.

A revolução liberal da qual participou Almeida  Garrett, se deu na cidade do Porto em Portugal,  foi um movimento ocorrido em 1820.

Entre várias reivindicações, os integrantes exigiam a promulgação de uma Constituição e a volta da Corte portuguesa que se encontrava no Brasil.

A Família Real Portuguesa, em 1808, havia se deslocado para sua colônia na América devido às invasões napoleônicas.

Tomando ciência desses fatos, fica facilitada, (mas alerto de antemão que não muito) à  compreensão da história contada por esse estupendo autor. 

Para facilitar a sua caminhada na leitura dessa incrível obra, apresento uma pequena descrição. 

"Viagens na minha terra é um relato da viagem verídica empreendida por Almeida Garrett de Lisboa a Santarém. Numa prosa fluida, espontânea e aparentemente despretensiosa, que visa a cooptar o leitor constantemente, fazendo uso de vocativos, Almeida Garrett comenta os lugares por onde passa e, entre uma reflexão e outra, critica o atraso tecnológico do país, a literatura que falseia a realidade, as más condições das estradas e hospedarias, a maneira dos homens públicos de governar; enfim, divaga sobre diversos temas, fazendo uso constantemente de ironias. Além da digressão, a obra de Garrett introduz outro recurso inédito na literatura portuguesa, a “narrativa dentro da narrativa”: em meio ao relato da viagem, o narrador conta a história romanesca de Carlos, jovem liberal e progressista, e Joaninha, típica heroína romântica: íntegra, pura e fiel a seu amor. Viagens na minha terra é obra singular da Literatura Portuguesa".

A edição do livro na foto acima e da editora Lafonte, publicado em 2020.

Leitura difícil, mas muito prazerosa, tenham uma boa leitura. 

 

quinta-feira, 23 de dezembro de 2021

Why Not : Autora: Raquel Landim . Analise (opinião) literária. Indicação de leitura. Desenvolver o prazer pela leitura.


 Why Not é um livro que aquele que se propuser a le-lo deve se despir de qualquer posicionamento político partidário, se não corre o risco de não aproveitar a leitura de forma completa. Antes de mais nada deve se ater ao fato de que o livro é uma obra de narrativa jornalística e portanto se atém  a fatos, baseando-se na maioria das vezes em pesquisa e declarações dos personagens envolvidos, quando afirmo na maioria das vezes, refiro -me a percepção de que qualquer  narrativa por mais que a autora tente se ater a análise fria dos fatos, mesmo assim em alguns momentos tenho o sentimento de que a mesma da ênfase aos atributos empresariais  dos personagens, salientando também em demasia, a União familiar que segundo a autora reinava nos Batistas.

A certa altura da narrativa tinha a impressão de que tentava-se justificar as condutas inapropriadas dos personagens, mas saliento que essa foi exclusivamente a minha sensação, ao que o leitor pode refutar ao ler o livro. No entanto recomendo muito a leitura, pois se trata de um livro que narra de forma clara e cronologicamente, fatos que vão ficar para a história política do Brasil. 

A maneira como a autora faz a sua narrativa, nos prende de forma decisiva, por muitas vezes, primeiro ela levanta o fato ocorrido, para depois voltar no tempo e nos interar de todo o contexto que levou a tal fato, essas idas e vindas têm a capacidade de fazer com que a leitura fique agradável. 

Agora uma virtude incontestável do livro, é sem dúvida obrigar-nos a pensar sobre a relação promíscua entre a iniciativa privada é os poderes constituídos de nosso país, isso sem dúvida é um problema que deve ser rapidamente solucionado, sob pena de perdermos as rédeas da nação e do futuro das próximas gerações. 

Abaixo posto a resenha da editora para quem por ventura esteja interessado em apostar nessa leitura. Super recomendo. 

O Brasil assistiu nos últimos anos ao rápido crescimento da JBS, que, nas mãos dos irmãos Wesley e Joesley Batista, saiu da condição de pequena empresa familiar para transformar-se em gigante mundial. Já no auge do sucesso, Joesley trocou seu iate Blessed(“Abençoado”, em inglês) por um novo e maior, que batizou de Why Not(“Por que não?”). O sugestivo nome parecia indicar os rumos que os irmãos estavam dispostos a percorrer. Por que não subornar políticos para aprovar leis que favorecessem a empresa? Por que não crescer contando com atalhos e privilégios de uma rede estatal de benefícios? Por que não gravar políticos, clandestinamente e em situações comprometedoras, tendo em vista uma possível delação premiada? Narrando esse caso no ritmo de um thriller político e empresarial, após dois anos de apuração e mais de uma centena de entrevistas, a jornalista Raquel Landim remonta em Why Not a história da JBS desde sua origem até os bastidores da negociação do polêmico acordo de colaboração premiada, que garantiria imunidade judicial aos irmãos Batista apesar de seus crimes. Com inegável talento para negócios, Wesley e Joesley perceberam desde cedo que poderiam crescer ainda mais se contassem com a ajuda do governo, mesmo que para isso tivessem que adotar métodos nada convencionais, dando início ao que se tornaria um dos maiores esquemas de corrupção já descobertos em uma empresa privada brasileira. Todos os detalhes desta incrível história os leitores acompanharão em Why Not como se fossem um observador invisível no submundo do poder e da ganância. Raquel Landim é formada em jornalismo pela Universidade de São Paulo (USP), com período de estudos em Londres, Raquel Landim tem, desde 1999, passagens pelos principais jornais do país. Participou da equipe fundadora do Valor Econômico e adquiriu o gosto pela cobertura de negócios na editoria de Economia de O Estado de S. Paulo. Desde 2013 é colunista da Folha de S.Paulo, integrando o grupo de repórteres seniores da publicação. Casada com Ricardo Cesar, é mãe de Arthur e Francisco. Why Not é seu primeiro livro.

domingo, 19 de dezembro de 2021

AUTOR: Joshua Levine. Analise (opinião) literária. Indicação de leitura. Desenvolver o prazer pela leitura.


 O livro Dunkirk escrito por Joshua Levine, é sem dúvida uma obra feita em medida para aquele leitor que adora uma história real contextualizada, que tem a capacidade de coloca-lo como se o mesmo fizesse parte da história contada.

Os detalhes e a precisão com que os fatos nos são oferecidos, fazem realmente com que fiquemos presos a narrativa, facilitando a leitura e tornando-a muito prazerosa. 

A segunda guerra mundial é repleta de histórias com uma carga emocional muito intensa, que na grande maioria das vezes mexem de forma avassaladora com os sentimentos de quem as conta, como também de quem as lê,  mas essa tem também a capacidade de nós fazer entender,  o tamanho da capacidade que as pessoas têm em se organizar e se mobilizar para se ajudarem em situações extremas, como também essas mesmas situações extremas podem despertar em alguns o que a de pior na raça humana. O instinto de sobrevivência nato ao ser humano, pode em alguns despertar a solidariedade e em outros a barbárie. 

Em suma o livro conta "A História deTrezentos mil homens das forças aliadas cercados pelo exército alemão. A batalha já está perdida. Quantos podem sonhar em voltar para casa? Maio, 1940. O exército alemão estrategicamente avança pela Floresta das Ardenas, uma região francesa de colinas montanhosas, em direção ao norte, e também conquista os Países Baixos, ao Leste. Os exércitos aliados da Grã-Bretanha e França estão cercados. A única alternativa possível para evitar uma verdadeira catástrofe é evacuar as forças aliadas imediatamente. Soldados, marinheiros, políticos e generais são convocados para a Operação Dínamo, na tentativa de resgatar o maior número possível de homens. Navios, contratorpedeiros, aviões e bombas voam sobre a praia de Dunkirk. Cinco nações resolvem se unir. Ninguém quer ser deixado para trás. Outras operações são criadas, mas o tempo é muito curto quando se trata de tantas vidas. Um drama real, muito além de histórias pessoais ou do relato de um único país em perigo". 

A retirada de Dunkirk ganha uma nova perspectiva, sob o olhar do diretor Christopher Nolan, no filme de mesmo nome, e no livro do autor premiado Joshua Levine. "Fascinante." Sunday Times "Um retrato próximo de um momento trágico e traumático, transmitido para a nossa época pelas palavras dos que vivenciaram essa experiência. " Sunday Telegraph.

Recomendo demais esse livro, é uma boa leitura para quem gosta de informação histórica, com uma narrativa densa e clara. 


quinta-feira, 2 de dezembro de 2021

O Tigre: Autor: Jonh Vaillant. opinião literária. Indicação de leitura. Desenvolver o prazer pela leitura.

 


"O Tigre" é um livro instigante e que consegue prender à atenção de quem o lê, seu autor John Vaillant é um escritor premiado e atua em alguns veículos de comunicação como New Yorker, The Atlântic, National Geographic e Men's Journal.

Foi um livro escrito em dezembro de 2009, e publicado no Brasil pela editora Intrínseca em junho de 2016 em sua primeira edição. 

Ele narra uma história real que ocorreu em dezembro de1997 em uma região inóspita do Extremo Oriente russo.

Um tigre devorador de gente espreita um vilarejo afastado. A fera não apenas mata pessoas, ela as aniquila, devora por inteiro. Por isso um grupo de homens com cães de caça é enviado para persegui-la pela floresta densa e gélida. À medida que analisam os parcos restos mortais das vítimas do tigre, os rastreadores percebem algo impensável: os ataques não são aleatórios; fazem parte de uma vingança. Machucada, faminta e perigosíssima, a fera precisa ser detida antes que mais uma tragédia aconteça.

O autor usa de uma narrativa clara e de fácil compreensão,   habilidosamente nos faz sentir presentes no local onde os fatos ocorrem.

Recria os eventos ao mesmo tempo em que traça um impressionante panorama de uma paisagem inóspita e gelada e de seus habitantes, que, assolados pela pobreza do pós-perestroika, recorrem à caça ilegal para sobreviver, quebrando o equilíbrio natural que por milênios, antes da colonização europeia, do desflorestamento e da matança sistemática dos animais, permitiu que humanos e tigres coexistissem no mesmo território.

A maior dificuldade que encontrei ao ler o livro foi, que pelo fato de não ter nenhuma experiência anterior com o idioma Russo, os nomes dos personagens ao longo da narrativa podem nos confundir pela sua semelhança gráfica, mas nada que atrapalhe ou atrase a leitura. 

Por fim, coloco abaixo uma das críticas feitas ao livro à época de seu lançamento, que resumem o que tento dizer. 

“Poucos escritores se esforçaram tanto para compreender seus monstros, e pouquíssimos os descreveram em uma prosa tão envolvente.” The New York Times Book Review.


quarta-feira, 17 de novembro de 2021

Inimigo Mortal: Autores Michael Osterholm e Mark Olshaker, Opinião literária, Indicação de leitura, Desenvolver o prazer pela leitura.


 

O livro Inimigo Mortal de Michael Osterholm e  Mark Olshaker, já tem um bom motivo para no mínimo darmos uma chance a essa leitura, é o curriculum de seus autores, o primeiro é Dr, professor e diretor fundador do centro de pesquisa e formulação de políticas sobre doenças infecciosas (Cidrap) da Universidade de Minnesota. Epidemiologista de renome internacional, esteve na vanguarda dos protocolos de preparação da saúde pública, liderou muitas investigações de surtos de importância internacional e aconselha os líderes mundiais na lista cada vez maior de ameaças microbianas.

Já o segundo é é documentarista premiado com o Emmy e autor de cinco romances e dez livros de não ficção best-sellers do The New York Times. Mindhunter, seu livro com John Douglas, pioneiro em criação de perfis do FBI, publicado pela Intrínseca no Brasil, vendeu milhões de cópias, inspirou a série homônima da Netflix e oferece uma perspectiva única e intrigante da ciência do comportamento e da análise de investigações criminais

Quanto a obra, a primeira edição e de 2017, a editora Intrínseca lançou em 20 de maio de 2020 a atual edição, com um prefácio dos autores trazendo suas considerações sobre o atual momento pelo qual a humanidade passa, com a pandemia do coronavirus. 

O livro não é estritamente técnico o que facilita muito a leitura. Após a leitura do prefácio somos tomados por uma intensa curiosidade, em saber se o autor em seu livro escrito a princípio em 2017, portanto muito antes da atual situação pela qual passamos com relação a pandemia do coronavirus, já conseguia vislumbrar pelo que teríamos que passar. 

 Os autores nos levam de forma leve para um mundo desconhecido pela grande maioria das pessoas, mas que mesmo inconscientemente fazermos parte.

Um epidemiologista reconhecido compartilha histórias da linha de frente da guerra contra doenças infecciosas e explica como estar preparado para epidemias que desafiam a ordem mundial.

Diferentemente de desastres naturais, cuja destruição está concentrada em uma área limitada por um período de dias, doenças infecciosas têm o terrível poder de destruir o cotidiano das pessoas em escala global, consumindo de forma avassaladora recursos públicos e privados e interrompendo o comércio e o transporte.


No mundo de hoje, é muito fácil deslocar pessoas, animais e materiais pelo planeta, mas os mesmos avanços que tornaram as infraestruturas do mundo moderno tão eficientes também transformaram as epidemias e pandemias em situações praticamente inevitáveis. Como as explosões da Covid-19, Ebola, Mers e Zika demonstraram, estamos lamentavelmente despreparados para lidar com o colapso mundial. Então o que pode – e deve – ser feito para nos proteger do inimigo mais mortal dos seres humanos?


Com base no que há de mais recente nas ciências médicas, em estudos de caso, pesquisas e lições epidemiológicas aprendidas duramente, Inimigo mortal explora os recursos e programas que precisamos desenvolver para nos manter a salvo de doenças infecciosas. Os autores mostram como devemos enfrentar essa nova realidade em que muitos antibióticos não curam mais, o bioterrorismo é uma certeza e a ameaça de outra pandemia desastrosa é cada vez maior. Somente entendendo os desafios que estamos enfrentamos podemos impedir que o impensável se torne inevitável.

Um livro muito inspirador, que nos faz pensar e nos obriga a repensarmos o nosso papel como habitantes de um planeta que cada vez mais precisa de nós, para nos proporcionar aquilo que o ser humano de forma geral mais busca, uma vida boa e longeva, parece um paradoxo, mas se analisarmos as atitudes por nós tomadas, veremos que o ser humano é um ser de difícil compreensão. 

Super recomendo a leitura de "Inimigo Mortal"