sábado, 18 de fevereiro de 2023

Livro: "Morte na Praia". Autora: Agatha Christie. Análise (opinião) literária. Incentivo à leitura. Desenvolver o prazer pela leitura.


Uma história policial de suspense, essa é a narrativa do livro "Morte na Praia" da autora Agatha Christie, para quem conhece a trajetória da escritora nada de novo nessa informação. No entanto cada vez que se lê uma obra da autora, ou até mesmo quando se relê, é impressionante como o termo suspense ganha um novo significado, a habilidade com que Agatha Christie estrutura suas histórias faz com que o leitor se sinta parte dela, e a cada vez que retorna a mesma em uma releitura, encontra detalhes que lhe dá a impressão que está lendo a narrativa pela primeira vez.

De leitura fácil, as histórias fluem com uma leveza fascinante, deixando o ato de ler muito prazeroso. No caso de "Morte na Praia", o leitor é a todo momento convidado a desvendar o enigma da morte ocorrida, no entanto as "pegadas" deixadas pela escritora durante a narrativa, conduzem o leitor a diversos caminhos, prendendo-o pela curiosidade até o fim da história. 

Descrição da editora:

o que Hercule Poirot queria naquele verão era ter alguns dias de paz no luxuoso hotel Jolly Roger, longe de crimes e de investigações. Mas quando Arlena Stuart passa por ele na praia, atraindo o olhar de todos os homens (bem como o ódio de todas as mulheres), ele desconfia que talvez suas férias não sejam tão tranquilas como esperava. De fato, no dia seguinte, um assassinato acontece. Enquanto tenta descobrir quem é o responsável, Poirot percebe que não são poucas as pessoas naquele hotel que teriam um motivo para matar... Neste livro, o leitor é convidado a analisar junto com Poirot os motivos e os álibis de todos os hóspedes do Jolly Roger. Morte na praia é um quebra-cabeça complexo, ao melhor estilo de Agatha Christie.

Sobre a autora:

Agatha Christie (1890-1976) foi uma escritora inglesa que criou "Hercule Poirot", um detetive belga que aparece em 33 de suas obras e tornou-se um dos mais célebres da ficção policial. Agatha foi a maior escritora policial de todos os tempos. Escreveu 93 livros e 17 peças teatrais.

Agatha Mary Clarissa Miller, conhecida como Agatha Christie, nasceu em Torquay, condado de Devonshiri, Inglaterra, no dia 15 de setembro de 1890. Era filha do americano FredericK Miller e da inglesa Clara.

Agatha Christie faleceu em Wallingford, Inglaterra, de pneumonia, no dia 12 de janeiro de 1976.

 

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2023

Livro: "Zanoni" ( Romance ocultista ). Autor : Edward Bulwer-Lytton. Análise (opinião) literária. Incentivo à leitura. Desenvolver o prazer pela leitura.


 O livro "Zanoni" (Romance ocultista) é uma obra instigante, mas sua leitura requer que o leitor enfrente alguns desafios. 

A obra faz uso de uma narrativa com linguagem culta, linguagem essa que era fartamente usada na criação literária no final do século XIX, portanto não é um livro de fácil leitura. Esse tipo de narrativa faz com que a descrição dos fatos contados pelo autor se tornem excessivamente detalhados  utilizando-se de palavras que muitas vezes não fazem parte do vocabulário do leitor, tornando a leitura por muitas vezes lenta, visto que alguns significados linguísticos escapam ao leitor.  

Antes de tudo o livro é um romance, tendo como pano de fundo a revolução Francesa e o esoterismo, por isso o subtítulo (Romance ocultista) é auto-explicativo.  

Usando a trama romântica habilidosamente,  o autor consegue impor seu ponto de vista sobre assuntos como política, ciência, religião e ideologias. Se nos atentarmos para as minúcias da narrativa, percebermos as bases do esoterismo " A percepção do oculto consiste, não em acessar fatos concretos e mensuráveis, mas trabalhar com a mente e o espírito. Refere-se ao treinamento mental, psicológico e espiritual que permite o despertar de faculdades ocultas".

Seu autor Edward Bulwer-Lytton além de político destacado, foi também ocultista praticante, interessado nos mais diversos fenômenos paranormais e seu interesse pela magia e pelo espiritualismo o levaram a conhecer o célebre ocultista francês Eliphas Lévi. A Sociedade Rosacruz Inglesa, fundada em 1867 por Robert Wentworth Little, elegeu Bulwer-Lytton como “Grande Patrono“, mas ele escreveu para a sociedade dizendo-se ”extremamente surpreso“ por este título e recusou-o. No entanto, muitos grupos esotéricos têm reivindicado a filiação de Bulwer-Lytton, principalmente porque alguns de seus escritos, como”Zanoni”, contém noções esotéricas e rosacrucianas. Diz-se também que teria sido membro da Irmandade Hermética de Luxor, ultra-secreta sociedade rosacruciana que, segundo autores esotéricos, teve um papel importante na política, na cultura e no espiritualismo do Século XIX. Mas em público, o escritor não costumava falar de sua relação com os fenômenos psíquicos, embora na sua autobiografia encontrem-se referências ao médium Douglas Home e a algumas sessões espíritas, junto com o seu filho. Nada mais natural, portanto, que o misticismo e o sobrenatural tenham inspirado várias obras do novelista, em especial  “Zanoni”, “Uma estranha história” e “A casa e o cérebro”.

O escritor nasceu em 25 de maio de 1803, Londres, Reino Unido e faleceu em 18 de janeiro de 1873, Torquay, Reino Unido. É sem dúvida nenhuma uma obra interessantíssima. 

Descrição da editora 

Zanoni é o romance ocultista mais famoso do escritor inglês Edward Bulwer-Lytton. Ainda na juventude, movido por um desejo de saber mais a respeito da Ordem Rosacruz, o autor sai em busca desse conhecimento e acaba chegando às suas mãos um manuscrito em uma linguagem críptica quase ininteligível, bem como a chave para decifrá-lo. O que ele encontra nesses escritos é a impressionante história de um mago que alcança a imortalidade ainda na juventude, obtendo-a por meio do Elixir da Vida. De beleza extraordinária, vasto conhecimento e enorme compaixão pela raça humana, Zanoni transita pelo mundo agregando ainda mais sabedoria e ajudando as pessoas como pode. Até que conhece Viola Pisani, uma cantora de ópera de Nápoles, e se apaixona por ela. Sabendo que se trata de um amor impossível, apesar de correspondido, decide abrir mão de sua amada para Glyndon, um inglês que também a corteja. Mas, irresoluto e apegado às convenções, esse rapaz desiste da conquista para buscar conhecimentos ocultistas. Zanoni está sempre ligado a Viola, salvando-a todas as vezes em que ela corre perigo, e acaba por desposar a jovem, apesar de alertado sobre as consequências de tal relacionamento. Esse mergulho no amor e na vida mundana faz com que o mago perca seus poderes espirituais e acabe entregando-se à morte.

sábado, 4 de fevereiro de 2023

Livro: "O diário de Anne Frank". Autora: Anne Frank. Análise ( opinião) literária. Incentivo à leitura. Desenvolver o prazer pela leitura.


 O livro "O diário de Anne Frank" é uma obra de uma sensibilidade impressionante, de linguagem simples e clara, consegue transmitir ao leitor todas as circunstâncias que envolveram a história de vida da autora. 

A história contada pela então adolescente Anne Frank, usa a singeleza da narrativa despretensiosa para levar o leitor à  compreender o drama que foi a segunda guerra mundial, e como as pessoa foram perseguidas presas e mortas, pela origem, pela fé que profesavam, pela orientação  sexual, ou simplesmente por serem consideradas pessoas de uma raça inferior.

Ao meu ver, a obra de Anne Frank se tornou um clássico mundial, porque conseguiu mostrar as aflições a que as pessoas são submetidas quando chegam ao poder ideias impregnadas de fanatismo, mentiras, ou ainda pior, meias verdades.

O cotidiano da família de Anne Frank, contada sob o ponto de vista de uma menina de 13 anos, tendo como pano de fundo uma das mais terríveis catástrofes vivenciadas pela humanidade em sua história recente, tem uma força enorme como narrativa, e faz com que o leitor se identifique de forma imediata com a história contada. 

É quase impossível não tentarmos nós colocar no lugar da autora, mesmo que tal tarefa seja impraticável, se levarmos em consideração o drama vivido por aquela família.  

 Resenha da Editora

O Diário de Anne Frank teve a autenticidade confirmada por peritos. Estudos forenses da caligrafia de Anne e exame do papel do diário, da tinta e da cola comprovaram ser de material existente na época. A conclusão foi oficialmente apresentada pelo Instituto Estatal Holandês para Documentação da Guerra.

Sobre o Autor

Em meio à Segunda Guerra Mundial, Anne Frank foi também uma adolescente comum. Não muito diferente das garotas do século XXI, tinha seus sonhos e conflitos íntimos. Queria viajar pelo mundo e se tornar jornalista e escritora. Confinada no Anexo Secreto, um esconderijo onde esteve por mais de dois anos, entre outros sentimentos descobriu ali seu primeiro amor.