segunda-feira, 14 de novembro de 2022

Livro: A planta de ferro. Autor: George Orwell. Análise ( opinião ) literária. Incentivo à leitura. Desenvolver o prazer pela leitura.


 O livro "A planta de ferro" do autor George Orwell,  é uma obra que nos convida a refletir sobre o poder que o dinheiro tem em determinar a nossa trajetória como pessoa física, e o mais preocupante, como comanda o nosso psicológico e controla as nossas decisões e os nossos relacionamentos. 

Ao mostrar a resistência de seu personagem principal, em se submeter as regras do capitalismo e consequentemente ao dinheiro,  convida o leitor a refletir como as vezes somos levados a tomar decisões, não pelo que acreditamos, mas por imposição de regras determinadas pela consciência  coletiva. 

O autor usa também de forma habilidosa a metáfora com a planta aspidistra (A planta de ferro) que da nome ao livro, para demonstrar como a sociedade subdivide-se em castas, e símbolos são criados para identifica--las.

O livro é mais "leve" se comparado com outras obras do autor, principalmente em relação a posicionamentos político ideológicos , mas é sem dúvida um excelente livro. 

Descrição da editora 

Ambientado em Londres, em 1930, tem como tema principal a ambição romântica de Gordon Comstock de desafiar a adoração do deus do dinheiro e do status. A Planta de Ferro referência à aspidistra não é tão agressivamente político quanto as obras mais famosas de Orwell. O romance está mais preocupado com as relações interpessoais, mas ainda aborda as questões maiores do capitalismo, do socialismo e a divisão de classes de forma sombriamente humorística. O olhar nada sentimental aos detalhes reveladores com seu humor seco e sereno, seu fascínio pelas loucuras e sua corajosa recusa em aceitar o conforto de respostas fáceis é o que faz com que o livro seja quase sempre engraçado, sem nuances de amargor.

Sobre o Autor

George Orwell nasceu Eric Arthur Blair em 25 de junho de 1903, em Bengala, Índia, onde seu pai trabalhava para o Departamento de Ópio do Serviço Público Indiano da Grã-Bretanha. Estudou em instituições de elite e foi ele próprio durante cinco anos agente da polícia imperial na Birmânia. Viveu com os miseráveis de Paris e Londres no final dos anos 1920 e lutou pela causa republicana na Guerra Civil Espanhola ao lado de uma milícia minoritária com inspiração anarquista e trotskista, quando levou um tiro na garganta que quase lhe tirou a vida. Morreu de tuberculose no dia 21 de janeiro de 1950, um ano depois de concluir 1984. Tinha 46 anos.

segunda-feira, 7 de novembro de 2022

Livro: "Preto no Branco". Autor: George Pelecanos. Análise (opinião) literária. Incentivo à leitura. Desenvolver o prazer pela leitura.


 A obra "Preto no Branco" do autor inglês George Pelecanos é um romance policial em sua plenitude, os elementos principais que compõe um romance policial estão claramente presentes, o inigma, o culpado, a vítima,  as pistas deixadas pelo criminoso e o detetive, elementos esses usados com muita habidade pelo autor.

Com uma narrativa dinâmica, criativa, e muito bem amarrada o autor conduz o leitor em uma "viagem" intensa e cativante por uma trama dença é empolgante.

O detalhamento com que o autor monta as cenas de sua história, faz com que o leitor imagine de forma fácil os ambientes onde a trama se desenrola. Outro fator que me chamou a atenção foi que nos dois últimos capítulos o autor usou diálogos dinâmicos entre os personagens para de forma inteligente fazer um apanhado dos fatos mais importantes da trama, isso ao meu entender facilita o leitor na compreensão   da trama. Reavivando fatos ocorridos no início do livro faz com que o leitor conclua a sua leitura de forma mais aprazível. 

Outro aspecto relevante que nos chama a atenção, é a abordagem que o autor faz sobre o racismo estrutural, e a dificuldade que a sociedade tem em lidar com o tema.

É sem dúvida um bom livro. 

Descrição da editora 

A agência de investigações de Derek Strange não costuma aceitar casos de assassinato - tarefa da polícia, acredita o detetive. A morte de Chris Wilson é uma exceção. Flagrado ao apontar a arma para um branco, Wilson, um negro, é morto a tiros. O autor dos disparos é Terry Quinn, um policial branco. Ele não ouviu o outro gritar que era da polícia. Houve preconceito, ou Quinn só cumpriu seu dever? Para Strange, não há dúvida de que Chris Wilson morreu por ser negro. Quatro décadas depois da morte de Martin Luther King e dos distúrbios relatados em Revolução difícil, as tensões raciais continuam vivas logo abaixo da superfície. Inclusive na improvável aliança entre Strange e Quinn na busca da verdade. Nessa trama impecável, vibrante, caracterizada pelo equilíbrio delicado entre o cômico e o tenebroso, o leitor freqüenta uma Washington insuspeitada, em que vivem crápulas, viciados, homens violentos e policiais corruptos, num clima de total intolerância. "Provavelmente o maior autor policial vivo." - Dennis Lehane, autor de Sobre meninos e lobos "Gostaria de ter criado os personagens desse livro." - Elmore Leonard, autor de Nada a perde.

Sobre o autor:

George Pelecanos é um autor americano. Muitos de seus 20 livros estão no gênero de ficção policial e se passam principalmente em sua cidade natal, Washington, D.C. Ele também é produtor de cinema e televisão e escritor de televisão.


Editora‎Companhia das Letras; 1ª edição (22 fevereiro 2006) Idioma‎ Português Capa comum‎ 360 paginas