segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Vidago



Minha terra é muito linda !!!!! saudades !!!!!

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

                                   Eu protesto! 

Sou jovem, impaciente, critico. Conto o tempo com o ímpeto da juventude, portanto não tenho tempo a perder. Cobro tudo que me é devido, repudio quem ousa me cobrar. A juventude me concede por vezes a prerrogativa à incoerência a impulsividade, isso me da à sensação de que tudo que defendo se torna irremediavelmente legitimo. No entanto, mesmo não tendo tempo a perder, e me recusando á contabilizar o tempo, ele é implacável, e queira ou não queira ele vai passar. Mas mesmo assim vou resistir, continuo a protestar e a contestar, mas agora alguma coisa nova me incomoda, ás vezes o que o outro diz me soa como algo novo a ser levado em conta, mas mesmo assim resisto, ainda fico com o meu ponto de vista, pois já vivo há bastante tempo na juventude e essa experiência me permiti essa autossuficiência. Mas o tempo miseravelmente insiste em continuar passando, e agora outra coisa começa a me incomodar. Certezas antes irrefutáveis, agora me deixam na boca um gosto de ranço quando por mim são proferidas, situações que antes me davam a sensação de estar no controle, hoje me incomodam por sentir que estou sendo controlado, manipulado. O tempo continua a passar, ainda me sinto jovem, mas por algum motivo me incomodam algumas incoerências e impulsividades cometidas pelos mais jovens que eu. Mas algo me trás grande paz de espirito, de todas as certezas irrefutáveis que tinha, algumas ainda se mantêm intocáveis, e se elas resistiram ao tempo, é porque são coerentes, portanto minha época de jovem contestador de alguma maneira contribuiu para o crescimento da minha geração. Conteste, proteste, reivindique, questione, cobre. Mas também ouça, reflita, se questione.
PS: Talvez isso hoje para você seja impossível, mas não se esqueça, o tempo passa.

Autor: Mário Rui Baptista

terça-feira, 29 de janeiro de 2013


A existência

A existência nos é oferecida, melhor ela nos é imposta. Mas a consciência de seus benefícios e malefícios nos chega como tratamento homeopático, em doses diminutas por tempo prolongado. Como lidar com esses benefícios e malefícios de maneira equilibrada e coerente?
 Quando somos colocados por nossa existência frente a frente com uma situação que nos trás imensa satisfação e alegria temos a impressão, ou melhor, temos a certeza de que aquilo nos é devido, mas quando ao contrário, o enfrentamento é com situação de sofrimento e dor, questionamos o porquê de tanto sofrimento se para a nossa compreensão somos pessoas de boa conduta, portanto desmerecedores de tal infortúnio. Sempre nos foi colocado que se fossemos pessoas justas seriamos tratados com justiça, e em nossas entranhas, consciente ou inconscientemente cremos imensamente nisso, e é essa crença em uma possível injustiça que nos amargura e nos desestabiliza diante de coisas ruins que a existência nos impõe. Como a nós foi imposta a própria existência.
Por toda a minha existência passada e provavelmente por toda a que ainda me resta, ouvi e vou ouvir dizer que a mesma só foi possível porque um ser superior e divino me deu esse privilégio, e que tal ser era por essência justo para quem em suas palavras cresce e nelas alicerçasse a existência recebida, e quando em nossa ingênua percepção nos achamos merecedores de tal benesse, somos surpreendidos com fatos que para nós nos parece injustos e excessivamente penosos.
Diante de tamanho dilema, nos sentimos enfraquecidos em nossas convicções e certezas, e por algum tempo tentamos novamente encontrar o equilíbrio entre o que sentimos, e o que realmente estamos vivenciando.
Muitos com certeza com o passar do tempo conseguirão de alguma forma retomar tal equilíbrio, convencendo-se de que não sofrera uma injustiça, mas que tudo o que ocorreu foi de alguma maneira para o seu bem.  Outros, no entanto continuarão a questionar o porquê do ocorrido. Não existe, em ambos os casos, a convicção da certeza.
O que nos resta é entender que ás vezes para alcançarmos a justiça, em algum momento do processo temos de sofrer com a injustiça.

Autor: Mário Rui Baptista