domingo, 22 de janeiro de 2023

Livro: "1984". Autor: George Orwell. Análise (opinião) literária. Incentivo à leitura. Desenvolver o prazer pela leitura.


 O livro "1984" de George Orwell, é um livro que já foi "cantado em verso e prosa", ou seja não existe "análise" ou opinião que já não tenha sido feita, portanto só quero aqui enfatizar a minha admiração pelo autor, e em especial a essa obra.

A capacidade que o livro tem em prever acontecimentos e situações , fica a cada ano que passa mais impressionante, mas o espanto com tal virtude da obra se ameniza, quando  analisamos a capacidade que o autor tem em compreender os fatos que estão acontecendo em seu tempo, juntar essa percepção a uma analise profunda da psique do indivíduo, seus medos, sonhos, esperanças, conflitos e ambições. Sentimentos e situações essas, que mal conduzidas podem levar à alienação, à falta de princípios, à ausência de moralidade, ao egoísmo, à prepotência, e consequentemente à facilitação da tirania, do domínio dos "fracos" pelos "fortes ",  do idealista  pelo oportunista,   do ético pelo facista, sim essa última afirmação não é para mim prepotência, pois emitindo aqui a minha opinião, jamais encontrei na história da humanidade um facista ético. 

No entanto fica quase impossível não tentar fazer uma relação da história contada pela  obra, e os dias sombrios que o Brasil passa.

A verdade, que antes era , ou deveria ser, um fato incontestável depois de ser confirmada a sua veracidade,  tornou-se um fato que dependendo da conveniência de quem o analisa, pode ser transformado em qualquer coisa, eis que surge um termo que hoje é por vezes utilizado, "pós-verdade", termo esse que desafia o bom senso e a racionalidade.

Por isso uma história distópica, como "1984", pode se tornar sim uma realidade, se abaixamos a guarda. 

É sem dúvida um magnífico livro, leiam.

Descrição da editora:

Publicado em 1949, o texto de Orwell nasceu destinado à polêmica. Traduzido em mais de sessenta países, virou minissérie, filmes, quadrinhos, mangás e até uma ópera. Ganhou holofotes em 1999, quando uma produtora holandesa batizou seu reality show de Big Brother.

1984 foi responsável pela popularização de muitos termos e conceitos, como Grande Irmão, duplopensar, novidioma, buraco da memória e 2 + 2 = 5. O trabalho de Winston, o herói de 1984, é reescrever artigos de jornais do passado, de modo que o registro histórico sempre apoie a ideologia do Partido.

Grande parte do Ministério também destrói os documentos que não foram revisados, dessa forma não há como provar que o governo esteja mentindo. Winston é um trabalhador diligente e habilidoso, mas odeia secretamente o Partido e sonha com a rebelião contra o Grande Irmão.

Entre os textos inspiradores do século XX, 1984 é uma obra rara, que fica mais assustadora à medida que sua trama se torna mais real a cada dia que passa. Publicado em 1949, o livro oferece a visão de pesadelo do satírico político George Orwell de um mundo totalitário e burocrático e uma tentativa pobre de encontrar a individualidade. O brilho do romance é a previsão sobre o futuro, sobre a vida moderna: a onipresença da televisão, a distorção da linguagem, o engano oficial, a manipulação da história por um regime totalitário.

Sobre o autor

George Orwell nasceu Eric Arthur Blair em 25 de junho de 1903, em Bengala, Índia, onde seu pai trabalhava para o Departamento de Ópio do Serviço Público Indiano da Grã-Bretanha. Estudou em instituições de elite e foi ele próprio durante cinco anos agente da polícia imperial na Birmânia.

Viveu com os miseráveis de Paris e Londres no final dos anos 1920 e lutou pela causa republicana na Guerra Civil Espanhola ao lado de uma milícia minoritária com inspiração anarquista e trotskista, quando levou um tiro na garganta que quase lhe tirou a vida. Morreu de tuberculose no dia 21 de janeiro de 1950, um ano depois de concluir 1984. Tinha 46 anos.

quarta-feira, 18 de janeiro de 2023

Livro: "O mito da caverna". Autor: Platão. Análise (Opinião) literária. Incentivo à leitura. Desenvolver o prazer pela leitura.


 O livro "O mito da caverna"de Platão, da editora Camelot, é para quem gosta de filosofia uma excelente aquisição. A obra nessa edição é comentada por Clóvis de Barros Filho que é um jornalista, filósofo e professor livre-docente na área de Ética da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo. Dentre seus livros, publicou "Ética na Comunicação", é co-autor de "O Habitus na Comunicação" e organizador de "Comunicação na Polis". 

Por ser uma edição comentada, o livro facilita em muito a compreensão do que o autor quer transmitir, visto que um texto filosófico as vezes não é de fácil compreensão. 

É impressionante como uma obra escrita a tanto tempo, tem a capacidade de nós fazer refletir e questionar sobre as inquietações, que assolam todo o indivíduo que se desafia a pensar. 

Resposta prontas, quase sempre são insuficientes para aquietar os corações dos indivíduos que tem como hábito a reflexão. 

A reflexão só é possível se desenvolvemos nossa capacidade intelectual, será?.

Reflitamos !!.

Descrição da editora 

A partir de uma história repleta de simbologias, Platão nos apresenta conceitos e situações que visam a busca pelo conhecimento em contraste com a ignorância e a manipulação. O enredo integra o livro VII de A República e destaca um diálogo entre Sócrates e Glauco. As personagens imaginam uma situação hipotética em que várias pessoas são mantidas acorrentadas no fundo de uma caverna escura subterrânea. Dessa forma, a “caverna” representa o nosso mundo interior, nossas limitações e a chamada zona de conforto. Já os prisioneiros são todos os indivíduos que, na realidade, vivem em um tipo de “escravidão inconsciente”. Um dos contos filosóficos mais notórios da humanidade inspirou também o entretenimento mundial, sendo citado em Matrix, O Show de Truman e em vários outros filmes hollywoodianos. 

Sobre o Autor

Platão é um dos mais importantes filósofos da Grécia Antiga. Chamava-se Arístocles e nasceu em Atenas no ano de 428 a.C. Era filho de uma família influente politicamente na Grécia e dedicou-se aos estudos de Filosofia. Platão conheceu o filósofo Sócrates, pensador que foi o seu mestre iniciador na Filosofia, mentor intelectual e amigo em Atenas. A influência de Sócrates sobre Platão era tão grande que a maioria dos textos deixados por Platão é feita de diálogos em que Sócrates é o personagem principal, como acontece em O Mito da Caverna. O idealismo platônico é o que há de mais marcante em suas obras. O conhecimento ideal estaria, segundo o filósofo grego, no Mundo das Ideias, estância metafísica que só poderia ser alcançada por nosso intelecto.

quarta-feira, 11 de janeiro de 2023

Livro: "A Premoniçao". Autor: Michael Lewis. Análise (Opinião) literária. Incentivo à leitura. Desenvolver o prazer pela leitura.


 O livro "A Premoniçao" tem como principal virtude ao meu ver, convocar os leitores para que reflitam sobre a mais grave emergência sanitária que assolou a humanidade nos ultimos tempos. A pandemia da covid 19 mudou de forma definitiva, (ou deveria ter mudado) a máneira com que as pessoa se relacionam com o seu habitat, entenda -se habitat de forma mais ampla, relações com o planeta em que vivemos, e principalmente com a comunidade da qual fazemos parte.

Se alguma coisa ficou muito clara com a pandemia, é que nós como sociedade temos muito ainda o que evoluir, e isso o livro escrito por Michael Lewis consegue de forma habilidosa demonstrar.

As lideranças mundiais definitivamente deixaram muito a desejar em relação a atitudes tomadas para contornar a situação, em alguns casos tivemos por parte de algumas lideranças atitudes criminosas em relação à questão. 

No entanto, posicionamentos corajosos por parte da classe científica, fizeram com que a catástrofe que assolou a humanidade fosse de alguma forma abrandada. 

O que também ficou claro, e a obra salienta de forma definitiva, e que a desinformação ou as meias verdades, têm também um grande poder, o de aniquilar a humanidade.

Excelente livro. 

Descrição da editora. 

Em nova obra reveladora, Michael Lewis apresenta os norte-americanos que não se renderam à política negacionista de Donald Trump frente à pandemia de Covid-19

Para quem conseguia ler as entrelinhas, as notícias censuradas da China pareciam aterrorizantes. Mas Donald Trump insistiu que não havia nada com que se preocupar. Felizmente, ainda podemos contar com os céticos, os que estudam pandemias e os que estão dispostos a examinar com firmeza os piores cenários. Este thriller de não ficção brilhante e tenso escrito por Michael Lewis contrapõe médicos visionários à resposta oficial negacionista do governo Trump à eclosão da Covid-19.

Os personagens apresentados neste livro são tão fascinantes quanto inesperados: uma menina de 13 anos fez um projeto escolar sobre a transmissão de um patógeno aerotransportado que se transformaria em um modelo adulto de controle de doenças; um funcionário da rede de saúde pública usa sua perspectiva para identificar falhas do Centro de Controle e Prevenção de Doenças e revelar grandes verdades sobre a sociedade norte-americana; uma equipe secreta de médicos dissidentes, apelidados de Wolverines, tem tudo o que é necessário para combater a pandemia ― formações brilhantes, laboratórios de ponta, experiência com as ameaças pandêmicas da gripe aviária e suína ―, mas não consegue permissão oficial para fazer o próprio trabalho.

“Trump era uma comorbidade”

Em A premonição, Lewis analisa as constantes batalhas de especialistas e agentes de saúde pública com a burocracia norte-americana, e mostra que a abordagem desastrosa do ex-presidente Donald Trump durante a pandemia era apenas uma parte do todo, mas talvez nem fosse a mais importante. Como diz um dos personagens de seu livro, “Trump era uma comorbidade”.

O autor

Michael Lewis é escritor e jornalista, formado em história da arte pela Universidade de Princeton e mestre em economia pela London School of Economics. Colunista do site Bloomberg View e colaborador da Vanity Fair, já contribuiu também para as revistas The New York Times Magazine,The New Yorker e Sports Illustrated. Pela Intrínseca, publicou Moneyball, Flash Boys, O projeto desfazer e O quinto risco.