sexta-feira, 22 de março de 2024

Livro "Um verão na Itália". Autora Carrie Elks. Análise (opinião) literária. Incentivo a leitura. Desenvolver o prazer pela leitura.


 O livro "Um verão na Itália" da autora Carrie Elks é, um romance bem escrito, que entrega o que se espera de tal gênero literário. Confesso que, não é, o meu estilo preferido, mas confesso também, que simplesmente não consigo ignorar um livro quando o mesmo cai em minhas mãos. As vezes por curiosidade, outras por ter que formar opinião  sobre o que foi escrito, ou simplesmente porque o livro me foi dado e, acho uma imperdoável deselegância não ler um livro que nós foi gentilmente ofertertado. O romance em pauta tem como principal virtude, a dinâmica e, a fluida narrativa, com diálogos intensos e personagens muito bem descritos quanto as suas características, a leitura, torna-se por vezes muito agradável, mas por ser uma trama que tem também uma característica de previsibilidade, por momentos torna-se monótona. Quando nos propomos a comer uma banana, temos que ter em mente, que a mesma vai ter gosto de banana. Agora quando comemos uma banana, na esperança que a mesma tenha gosto de maçã, certamente nos decepcionaremos. Recomendo que leiam o livro, mas assegure-se de que é, esse sabor que realmente procura.

Descrição da Editora:

Férias de verão gratuitas em uma bela villa na Itália. A condição? Dividir a casa com seu maior inimigo... Um verão na Itália é o primeiro volume da série As irmãs Shakespeare.

Cesca Shakespeare chegou ao fundo do poço. Depois de escrever uma peça de teatro premiada que acabou em desastre, o bloqueio criativo se instalou, sem previsão de ir embora. Seis anos mais tarde, ela acabou de perder mais um emprego pavoroso e está prestes a ser despejada de seu apartamento. Pior ainda, suas irmãs não fazem ideia de como sua vida vai mal.

Assim, quando seu padrinho lhe arruma uma temporada de verão em uma bela villa italiana, sem ter de pagar nada por isso, Cesca concorda, meio a contragosto, em ir para lá e tentar escrever uma nova peça. Isto é, antes de descobrir que a casa pertence a seu arqui-inimigo, Sam Carlton.

Tendo acabado de ver seu nome em todas as manchetes pelas razões erradas - mais uma vez -, o galã de Hollywood Sam Carlton precisa de um lugar para se esconder. Que opção melhor do que a linda villa desocupada de sua família à beira do lago Como? Só que, quando ele chega, descobre que a casa não está tão desocupada quanto ele esperava.

Ao longo do quente verão italiano, Cesca e Sam terão de confrontar o passado. E o que começa como uma hesitante amizade rapidamente se torna uma atração intensa - e depois uma aventura ardente. Uma coisa é certa: este será um verão abrasador...

Em Um verão na Itália e no outros volumes da deliciosa série da autora best-seller Carrie Elks, você vai conhecer a família Shakespeare: quatro irmãs, quatro histórias... quatro maneiras de encontrar o amor verdadeiro.

Sobre a autora: 

Carrie Elks vive perto de Londres, e escreve romances com umas pitadas de intriga, gosta de viajar e também viveu nos Estados Unidos e na Suíça. Aos 21 anos obteve a licenciatura em Ciências Políticas. Quando não está lendo ou escrevendo, pode ser encontrada a cozinhar, a beber vinho ou as duas coisas.

terça-feira, 5 de março de 2024

Livro: "A saga dos intelectuais franceses 1944-1989". Autor: François Dosse. Análise (opinião) literaria. Incentivar a leitura. Desenvolver o prazer pela leitura.


 O livro "A saga dos intelectuais franceses 1944–1989" volume I, do autor François Dosse é uma obra impressionante. Não se iludam aqueles, que por ventura se disponham a ler o livro, o mesmo é, sim, de difícil leitura. O autor usa de forma habilidosa todo o seu conhecimento sobre a história dos intelectuais, para fazer uma análise da atuação da classe, no pós-Segunda Guerra Mundial. Todo o embrolio político e, ideológico da época, fica ainda mais complexo com a atuação dos intelectuais filósofos, que muitas vezes, guiados por suas vaidades e interesses pessoais, travam entre si, uma outra guerra, para tentar analisar os efeitos na sociedade do grande conflito. Nessa tentativa, posições político-filosóficas, têm como catalisadora inúmeras publicações, que fiéis, as convicções de quem as criava e, abrindo espaço para intelectuais que compartilhavam dessas convicções, provocavam uma enorme ebulição. Intelectuais degladiavam-se para que as suas teses, fossem aceites pela maioria. A análise das várias correntes filosóficas, que através dos seus defensores, ganhavam feitio de verdades absolutas, contribuem para tornar a leitura ainda mais difícil. No entanto, isso não quer dizer que a leitura seja enfadonha, pelo contrário, isso na realidade a torna desafiadora e, a melhor coisa que pode acontecer para um leitor atrevido é, ser desafiado, nem que para isso ele tenha que ler várias vezes o mesmo capítulo, até o ter, minimamente entendido. 

Um excelente livro para quem gosta de desafios.

Descrição da Editora:

O projeto empreendido por François Dosse em A saga dos intelectuais franceses 1944-1989 nos traz uma historiografia comentada da intelligentsia francesa na segunda metade do século XX, face aos acontecimentos do pós-Segunda Guerra Mundial aos eventos de 1989. A obra é mais do que uma “história” reconstruída por meio das principais figuras da época, e sim uma “narração” em que não se excluem mitologias sociais, sonhos e esperanças dos protagonistas, ilusões, decepções e proclamações. A obra aborda a evolução das ideias que dominaram cada momento, da história intelectual da França e, em grande parte, da Europa e do mundo. Ninguém estava mais bem equipado do que François Dosse para enfrentar este desafio: narrar de forma panorâmica e sistemática a aventura histórica e criativa dos intelectuais franceses, que vai da Libertação e do fim da Segunda Guerra Mundial ao bicentenário da Revolução Francesa e à defenestração do muro de Berlim. Este primeiro volume, 1944-1968, abarca os anos de Camus, Sartre e Beauvoir e as suas controvérsias, as relações contrastantes com o comunismo, o choque de 1956, as revoluções chinesa e cubana, a Guerra da Argélia, a consolidação do terceiro-mundismo, a irrupção do momento gaulliano e a sua contestação: é um período dominado pelo teste da história, a influência do comunismo e a progressiva desilusão subsequente. O segundo volume, 1968-1989, vai das utopias esquerdistas e do combate contra o totalitarismo, à “nova filosofia”, ao advento de uma consciência emancipadora e ecológica e à desorientação da década de 1980: um tempo marcado pela crise do futuro e que vê se instalar a hegemonia das ciências humanas. Eis apenas alguns dos pontos de referência desta saga que engloba um dos períodos mais efervescentes e criativos da intelligentsia francesa, de Sartre a Lévi-Strauss e Foucault e de Lacan a Barthes e Derrida. O tema já suscitou uma vasta bibliografia, mas um afresco de tal amplitude destina-se a fazer época

Sobre o autor:

François Dosse (Paris, 22 de setembro de 1950) é  um historiador e sociólogo francês especialista em História dos Intelectuais. Professor de História Contemporânea na Universitaire de Formation des Maîtres at Créteil, é formado em História e Sociologia pela Université de Vincennes – Paris, tendo desenvolvido seu doutorado na área de Teoria da História e Historiografia, com foco na Escola dos Annales. Ainda na carreira docente, François Dosse foi também professor de nível escolar nos liceus de Pontoise e Boulogne-Billancourt, além de Maître de conférences no Instituts universitaires de formation des maîtres (Versailles e Nanterre).