terça-feira, 26 de outubro de 2021

Basta de Cidadania Obscena: Autores:Mário Sérgio Cortela e Marcelo Tas. Opinião literária . Indicação de leitura. Desenvolver o prazer pela leitura.

 



O livro Basta de cidadania obscena, é uma obra públicada pela editora Papirus Sete mares. É um trabalho instigante feito a duas mãos, trata-se de um diálogo travado entre o filósofo Mário Sérgio cortela e o comunicador Marcelo Tas.
Sempre tivemos como definiçao que cidadania é um conjunto de direitos e deveres que nos são garantidos por instituições justas, pelo menos é isso que a nossa constituição determina, mas no diálogo entre os dois autores fica claro o desconforto em aceitar essa definição como uma realidade presente no dia a dia de nossa sociedade.
Eles expõem o avesso da cidadania, aquela que não é ética, decente, e sim vexatória obscena.
Quando se fala em cidadania, essa palavra nos remete de imediato a constituição, não  por acaso, visto que a mesma tem como um de seus atributos enaltecidos, o fato de ser uma constituição cidadã, ou seja, ela contempla em seu bojo direitos e obrigações,  mas tem por virtude dar mais espaço aos direitos do que aos deveres, no entanto esses direitos ao longo dos anos foram de forma sistemática sendo negados ou mesmo parcialmente negados por sucessivos governos, acho que é a isso que em determinado momento os autores se referem quando dizem que "Hoje, observa-se muitas vezes que a cidadania se caracteriza mais como inclusão precária, vide os inúmeros problemas que enfrentamos no Brasil com saúde e educação".
Por isso em minha análise (opinião), constato  que os autores  nos chamam a refletir sobre o papel de cada cidadão na construção da cidadania, e que ao sermos mais críticos, observadores e contestadores de forma ética e descente, naturalmente estamos rejeitando o que é obsceno. 
E essa ética deve ser mantida ou até mesmo ampliada, quando nos relacionarmos no ambiente virtual, visto que as redes sociais são hoje consideradas ferramentas essenciais para exercermos o nosso direito a  cidadania, e isso se se dará, se trocarmos as boas intenções por atos concretos. 
O livro é relativamente curto e de fácil leitura, em suas 112 páginas ele consegue nos alfinetar, levando-nos a refletir sobre nossas atitudes enquanto cidadãos, isso certamente determinará se exercermos uma cidadania plena, ou nos tornaremos cidadãos obscenos. 

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