quinta-feira, 27 de outubro de 2022

Livro: "Prazo Final ". Autora: Stella Rimington. Análise (opinião) literária. Incentivo à leitura. Desenvolver o prazer pela leitura.


O livro "Prazo Final" da autora Stella Rimington, e uma obra de aventura e espionagem, sou apreciador dessa  vertente literária, mas confesso que a narrativa do livro não me empolgou, com um início lento e monótono, transforma a leitura em algo cansativo, do meio para o final o rítimo melhora mas não o bastante para tornar a leitura agradável. Ressalto sempre que é apenas a minha opinião, é não quero que sirva como pretexto para que o livro deixe de ser lido, até porque sou também da opinião que todo o livro tem o direito de ser lido. Porque com certeza, o simples fato de lermos e formarmos uma opinião sobre o mesmo, já contribuiu muito para a nossa formação. 

Descrição da editora 

Após anos de conflito entre Israel e Síria, finalmente surge uma esperança de paz no Oriente Médio. Representantes de ambos os países se encontrarão na conferência de Gleneagles, onde discutirão a possibilidade de um acordo. No entanto, esse não parece ser o desejo de todos. Através de fontes confiáveis, a agente do MI5 Liz Carlyle recebe a informação de que dois indivíduos planejam impedir que a conferência ocorra. Assim, mais uma vez a agente Liz entra em ação para impedir que uma catástrofe aconteça.

Editora Record, 368 paginas 

domingo, 9 de outubro de 2022

Livro: "Livro do Desassossego". Autor: Fernando Pessoa. Análise (opinião) literária. Incentivo a leitura. Desenvolver o prazer pela leitura.


 Descrição do livro 

Os fragmentos que compõem esta complexa obra representam a inquietude, os sentimentos, as dúvidas e o amplo conhecimento de mundo daquele que segurava a caneta para escrever tão profundas palavras e ao fim assinar sob o semi-heterônimo de Bernardo Soares. Escrita em forma de diário, Livro do desassossego é a obra de Fernando Pessoa que mais se assemelha a um romance, revelando os mais íntimos pensamentos e impressões do autor.

A obra "Livro do desassossego" de Fernando  Pessoa e por demais desafiadora, e como todo o desafio no início nos incômoda, temos a impressa que não conseguiremos suplanta-lo,  até por isso ele é para nós considerado um desafio. Mas ao mesmo tempo que nos incômoda, nos instiga e nos tira da zona de conforto, embaralha nossos sentidos e destrói verdades que considerava-mos indiscutíveis, mesmo sabendo que não existem verdades absolutas, isso o autor em fragmento do livro aborda, é joga luz sobre a questão, ou melhor joga dúvidas, porque na minha opinião, Fernando Pessoa ao escrever essa obra não tinha a menor intenção em clarear sentimentos ou emoções por nós sentidas, pelo contrário, ele deixava bem claro a todo momento o conflito de sentimentos que o seu semi-heterônimo Bernardo Soares nutria e o atormentava, ele tinha uma alma desassossegada. 


domingo, 28 de agosto de 2022

Livro: "Os Anos de Chumbo ". Autor: Luiz Octávio de Lima. Análise (Opinião) literária. Incentivo à leitura. Desenvolver o prazer pela leitura.

 



O livro " Os Anos de Chumbo" de Luiz Octávio de Lima é sem dúvida alguma uma obra muito bem elaborada, é a materialização de técnicas de como escrever um livro sobre  história, porque é isso que ele é, um ótimo livro de história. O bom livro de história se atém aos fatos, sempre tentando ao máximo se aproximar da verdade, e isso o autor faz com maestria.

O livro é excessivamente importante para o momento político pelo qual o país atravessa,  onde valores antes consagrados como imutáveis hoje são questionados, honra e ética são relativizados.

Termo como "Pós verdade" foi criado para justificar postura de pessoas que abrem mão da verdade é dos fatos, para salvaguardar suas convicções ideológicas, ou seja, criam verdades convenientes.

Mas o que eu considero de mais importante na obra, é que ela joga luz em fatos históricos  que a grande maioria dos integrantes da nova geração não tem conhecimento, ou têm uma visão distorcida dos acontecimentos.  

Para se ter opinião formada sobre algo, é essencial que se tenha uma visão do todo, sem manipulação de fatos, e muito menos análises tendenciosas.

Super recomendo a leitura do livro, e uma obra que resgata a verdade sobre os fatos, cabe depois ao leitor tirar as suas conclusões.  

Resenha da Editora

A partir de entrevistas com personagens da época e uma profunda revisão bibliográfica, Luis Octavio de Lima apresenta, de forma cronológica, o que levou ao golpe de 1964, como a repressão e a censura afetaram o Brasil e o cotidiano das pessoas e o que foi feito para levar o Brasil à redemocratização.

Por meio de uma análise minuciosa, o autor reconstitui o contexto político, social e histórico do país desde o governo de Jânio Quadros até a instauração da ditadura militar. Com materiais inéditos, Luiz Octavio revela os principais acontecimentos que resultaram no Golpe de 64 e dedica a obra, ainda, às gerações futuras, como forma de denunciar os horrores cometidos nos chamados anos de chumbo. 

Sobre o Autor

Jornalista formado pela PUC-RJ e com MBA em Economia pela Unicamp, Luiz Octavio de Lima trabalhou nas principais redações do país. Tendo começado como repórter em O Globo, atuou nas revistas Veja, Época e Exame, jornais Folha de S.Paulo e O Estado de S. Paulo. Foi finalista do Prêmio Jabuti com o livro Pimenta Neves: uma reportagem. Publicou três livros de História pela Editora Planeta: A guerra do Paraguai, 21 batalhas que mudaram o Brasil e 1932: São Paulo em chamas. Faleceu logo depois de concluir este quarto livro, Os Anos de Chumbo, que a Planeta publica em sua homenagem.

quarta-feira, 3 de agosto de 2022

Livro: "Estado Profundo". Autor: Ian fitzgerald. Análise (opinião) literária. Incentivo à leitura. Desenvolver o prazer pela leitura.


 O livro "Estado Profundo " de Ian fitzgerald é uma obra que deve ser lida com o nosso senso crítico em estado de alerta. Quando digo isso não quero que seja entendido como uma crítica,  mas sim como uma provocação, para que as pessoas que se desafiarem a fazer a leitura, não se distraiam com o grande número de informações históricas que recebem (Que por sinal são muito relevantes) e deixem de prestar atenção à coerência dos fatos contados com a narrativa do autor. 

O livro se propõe a examinar o que realmente é um estado profundo e como eles surgiram em vários lugares do mundo e ao longo da história. Começando com as elites oligárquicas da Grécia Antiga e da Guarda Pretoriana, na Roma Antiga, passando pelo estado policial da Alemanha Oriental na década de 1950 até os narcoestados da América Latina na década de 1970 e a corrupção institucional da Nigéria do século 21, ele explora as muitas maneiras pelas quais as pessoas tentaram tomar o aparato de poder para si mesmas, permanecendo fora do controle.

Fica difícil para o leitor fazer juízo de valor de tudo que lhe é narrado, porque para isso, teria o mesmo que ter conhecimento histórico abrangente, o que na maioria das vezes não é o caso. Aconselho então ao leitor, que se detenha com mais atenção a trechos do livro em que o mesmo tenha algum conhecimento do que está sendo narrado, e aí sim, faça uma análise se o autor está sendo fiel aos fatos, ou se por ventura tenta de alguma forma convencer-te daquilo que ele gostaria que tivesse acontecido. 

Eu em especial me ative com mais atenção ao capítulo que fala da América do Sul, em especial ao Brasil, que foi para mim mais confortável elaborar uma opinião sobre o que o autor escrevia. 

Confesso que não gostei do que li, percebi por parte do autor um contorcionismo criativo para impor ao leitor aquilo que ele pensava sobre o assunto, até aí tudo bem, porque o escritor deve mesmo tentar convencer o leitor de suas convicções através  de suas análises, o problema é que como eu também vivenciei o período por ele narrado, identifiquei várias incoerências e interpretações equivocadas. A partir daí, confesso que a leitura do livro tornou-se mais difícil e carregada, pois aflorou de vez o meu ceticismo sobre a obra. 

Contudo é um livro que deve ser lido,  até para  que vocês desenvolvam as suas próprias opiniões. 

Abaixo resenha da editora:

Resenha da Editora

Sob a aparência externa de um governo legítimo e funcionários responsáveis, espreitam agendas ocultas, personalidades sombrias e grupos de interesses especiais que buscam assumir o controle da nação para seus próprios fins. Esses 'estados dentro de um estado', livres de normas legais e despreocupados com a opinião pública, são conhecidos como 'estados profundos'.

Neste relato fascinante, Ian Fitzgerald examina o que realmente é um estado profundo e como eles surgiram em vários lugares do mundo e ao longo da história. Desde o estado policial da Alemanha Oriental na década de 1950 até os narcoestados da América Latina na década de 1970 e a corrupção institucional da Nigéria do século 21, ele explora as muitas maneiras pelas quais as pessoas tentaram tomar o aparato de poder para si mesmas, permanecendo fora do controle. Agora que surge o tema das teorias da conspiração modernas em todo o mundo como uma tendência preocupante em direção ao poder não eleito, este livro é mais oportuno do que nunca e ajuda a separar o fato da ficção.

Examina as conspirações de estado profundo em todo o mundo, incluindo:

- os narco-estados da Colômbia e do México - onde instituições legítimas foram corrompidas pelo poder e riqueza do comércio ilegal de drogas

- o paraíso fiscal ilícito do Panamá e os Panama Papers de 2016, maior vazamento de dados da história

- o envolvimento da United Fruit Company no golpe de estado de 1954 na Guatemala

- os ladrões da América do final do século 19 e início do século 20

- o papel dos serviços de inteligência como a CIA, FBI e NSA no Estado profundo dos EUA, em casa e no exterior a medida em que sites de mídia social como o Facebook influenciam os eleitores

Sobre o Autor

Ian Fitzgerald tem mais de 20 anos de experiência como editor e escritor. Ele trabalhou para History Today, John Blake Books e Atlas Editions. Ele cobriu assuntos tão amplos quanto a história da Grécia e Roma antigas, a filosofia de Friedrich Nietzsche e a vida nas prisões modernas.


sexta-feira, 29 de julho de 2022

Livro: "Força Estranha". Autor: Marcos Malvezzi Leal. Análise (opinião ) literária. Incentivo à leitura. Desenvolver o prazer pela leitura.


 O livro "Força estranha" é uma obra de ficção científica, mesmo que o autor tente durante a narrativa da história dar-lhe um ar que  transcenda essa percepção. Para os leitores que admiram esse tipo de leitura, o livro merece uma oportunidade, no entanto não deve o leitor ter grandes expectativas, pois a narrativa não trás grandes surpresas, tornando-se em alguns momentos até previsível. Contudo o livro dentro do que se propõe entregar, merece ser lido. 

Resenha da editora

Em "Força Estranha" o autor Marcos Malvezzi Leal nos retrata mais uma historia em que o leitor acompanhara o desenrolar de uma trama que escapa aos limites da ficcao cientifica e e permeada de um suspense que transcende o proprio fim da historia, fazendo o leitor pensar bastante.

Biografia do autor 

Marcos Malvezzi Leal é professor, tradutor e dedica-se à pesquisa ufológica há mais de 13 anos. É coordenador de traduções da Revista UFO e responsável pela seção Memórias da Ufologia, além de consultor do Núcleo de Pesquisas Ufológicas (NPU), de Curitiba (PR), e intérprete dos palestrantes de língua inglesa convidados pelo Núcleo a se apresentarem no Brasil. Malvezzi é autor do livro Seres – Fantástica Realidade [Editora 21, 2003] e já traduziu quase 200 obras de diversos assuntos, incluindo o livro de Roger Leir Implantes Alienígenas [Código LIV-011 da seção Shopping UFO], Perigo Alienígena no Brasil [Código LIV-014 da seção Shopping UFO], de Bob Pratt, e De Rerum Divinarum Scientia Nova [A Nova Ciência Divina, NPU, 2005], de Giorgio Bongiovanni. Atualmente, trabalha para as editoras Madras e Verus, e para o Instituto Integral da Consciência.

segunda-feira, 25 de julho de 2022

Livro: "Os sertões". Autor: Euclides da Cunha. Análise (opinião) literária. Incentivo á leitura. Desenvolver o prazer pela leitura.


 A obra "Os sertões" de Euclides da Cunha, é um livro desafiador, por isso quem se propuser a enfrentar tal desafio, deve fazê-lo com a "coluna ereta", ousando em trocar uma leitura que muitas vezes é mais cômoda, quando à linguagem usada pelo autor nos é mais palatável, por uma linguagem mais culta, com todas as influências da época em que a obra foi escrita, que foi no início do século xx.

O estilo de linguagem é  denominado por outros escritores como sendo um “Barroco Científico”. Para conseguir mais realismo à descrição e análise do conflito em Canudos, Euclides dividiu sua obra em três partes: A Terra, O Homem e A Luta.

O livro que ilustra essa postagem e da Editora‎ Principis; Integral com questões de vestibular comentadas edição (20 março 2020) Idioma‎ Português, capa comum‎ 368 páginas.

Abaixo a resenha da editora:

Resenha da Editora

Os sertões é dividido em seções. A primeira parte, ''A terra'', são considerações técnicas e científicas a respeito do solo, do clima e do espaço geográfico do sertão baiano.A segunda parte, ''O homem'', traz características antropológicas a respeito do sertanejo, com todos os seus conflitos sociais, políticos e psicológicos. A última parte, ''A luta'' narra a Guerra de Canudos desde o início. A verossimilhança da obra é marcada pela rica apresentação de características do espaço, tempo, personagens, como Antônio Conselheiro, e contexto histórico pelo narrador-observador.

Sobre o Autor

Euclides Rodrigues Pimenta da Cunha foi um escritor, engenheiro, professor e jornalista brasileiro. Nasceu em 20 de janeiro de 1866 em Cantagalo, RJ, e morreu em 15 de agosto de 1909 no Rio de Janeiro, RJ. Ficou órfão aos 3 anos de idade, e passou a ser criado pelos tios e avós. Aos 19 anos, cursou Engenharia Civil na Escola Politécnica, e por um breve período foi militar. Em 1889, mudou-se para São Paulo, onde passou a publicar artigos para o jornal A Província de São Paulo (O Estado de São Paulo). Em 1897, foi escalado para ser correspondente da Guerra de Canudos, liderada por Antônio Conselheiro, na Bahia. A cobertura desse evento deu origem à obra Os sertões, que aborda essa guerra sob um panorama geográfico, sociológico, antropológico e documental. Além deste livro, Euclides publicou Contrastes e confrontos (1907), Peru versus Bolívia (1907), À margem da história (1909) e Amazônia (1909).

domingo, 26 de junho de 2022

Livro: "Vidas Partidas". Autor: William C Gordon. Análise (opinião) literária. Incentivo à leitura. Desenvolver o prazer pela leitura.


 O livro "Vidas Partidas" de William C Gordon é  uma obra para quem gosta de histórias de aventura e espionagem, confesso que no início da leitura a narrativa não me empolgou muito, mas a partir do primeiro terço da leitura a história começa a ganhar ritmo, e consegue prender à minha atenção.

Em termos de informação histórica, o livro é mais acertivo, e passa para o leitor um panorama sobre o conflito entre Israel e a Palestina, e os problemas geopolíticos do Oriente médio. 

Na minha opinião é um livro que não consegue empolgar, mas faço questão de enfatizar que essa é a minha opinião.

Mas contudo recomendo muito a leitura do livro, porque para termos opinião sobre algo, se faz necessário experimentarmos. 

Por isso leiam e curtam essa experiência. 

Descrição da editora 

Na cidade de São Francisco, em 1963, a natureza de um crime choca as autoridades locais: um corpo é encontrado na sede da Prefeitura, maculando com um rastro de sangue os degraus da escadaria de mármore do edifício histórico. Quando o jornalista Samuel Hamilton chega ao local e o detetive Bruno Bernardi é chamado para conduzir as investigações, eles não imaginam que estão prestes a se envolver em uma rede internacional de intrigas. O crime revela-se apenas mais uma peça no complexo quebra-cabeça da conturbada geopolítica do Oriente Médio após a Segunda Guerra Mundial, e os dois iniciarão uma caçada implacável em busca do cruel assassino.

O Autor

Gordon teve uma vida bastante conturbada—órfão de pai aos 6 anos de idade, viveu com sua mãe e irmãos em um gueto mexicano em Los Angeles. Isolado, seu refugio foi a biblioteca pública de seu bairro. Mais tarde cursou literatura inglesa na Universidade da Califórnia, em Berkeley. Serviu o exército e em seguida realizou seu sonho: formou-se em Direito no Hastings College of Law. Como advogado, defendeu trabalhadores latinos do estado da Califórnia do ano de 1965 até inicio de 2002. Em 1987, após dois casamentos fracassados, encontra a escritora chilena Isabel Allende.