quarta-feira, 20 de outubro de 2021

Jan Karski (o homem que tentou deter o holocausto) autor: Yannick Haenel. Comentários literários. Sugestão de leitura. Desenvolver o prazer pela leitura.


 


 O livro Jan karski (O homem que tentou deter o holocausto) é um livro que apesar de ser curto, consegue em suas 160 páginas ser denso, empolgante e ao mesmo tempo nos joga ao chão, com suas revelações históricas sobre o início da segunda guerra mundial e a perseguição é posterior extermínio dos judeus, pelo sangrento regime nazista. 

Seu autor, Yannick Haenel utiliza elementos biográficos e documentais  para reconstituir  a saga do polonês, que tinha como missão levar um recado para o mundo de que seres humanos estavam sendo aniquilados. E ele que tinha sofrido as piores torturas para conseguir levar a mensagem, teve como pior dor a suportar, falar e não ser ouvido. 

O livro que foi publicado pela editora Record se tornou uma homenagem ao homem que foi ignorado, e ao fazerem isso os aliados, conscientemente, ou na melhor das hipóteses um desconhecimento conveniente dos fatos, permitiu que um regime tirano exterminasse seres humanos. 

A obra dividida em três capítulos, é de fácil leitura com uma narrativa dinâmica que prende o leitor, os dois primeiros capítulos são alicerçados em elementos biográficos e documentais, já no terceiro capítulo o autor mescla fatos reais com ficção, mas isso é feito com tanta habilidade que o leitor não consegue estabelecer a diferença. Resumidamente a história se passa em Varsóvia, 1942. Jan Karski, mensageiro da Resistência polonesa, é levado por dois líderes do movimento judaico para visitar o Gueto de Varsóvia. Sua missão: relatar ao mundo livre as atrocidades que ali ocorrem. No entanto, ninguém parece ouvir. Grandes homens como Felix Frankfurter, juiz judeu da Suprema Corte dos Estados Unidos, e o presidente Roosevelt subestimam o que posteriormente será conhecido como Holocausto. 

Espero que gostem da leitura, eu ressalto que para mim o livro foi uma grata surpresa. 

Experiências literárias

 Talvez seja uma unânimedade ( mesmo que seja arriscado e perigoso constatar unanimidades ) que a leitura nos faz bem e nos proporciona a possibilidade de entrar em contato com situações, lugares, personagem e mundos, que dificilmente sem a ajuda dos livros teríamos contato. 

Sempre gostei de ler, confesso que os livros tiveram à minha atenção a pouco tempo, antes o que mais me atraía eram artigos, análises, e quase sempre relacionadas a política e a assuntos contemporâneos. 

De algum tempo para cá, comecei de forma até acanhada a experimentar o contato com os livros, o que posso dizer? Simplesmente me fascinei.

Eu uso esse blog da maneira e com o objetivo  que essa ferramenta foi criada em seus primórdios, ou seja, um local onde as pessoas de maneira  democrática e acessível,  fazem seus relatos contando um pouco de seus hábitos e as coisas que lhes causam prazer. 

Por isso a partir de hoje começarei a postar aqui, livros que li e que de alguma forma me acrescentaram augo, (apesar que dizem que mesmo quando o livro é ruim,  ele de alguma forma sempre nós acrescenta augo, nem que seja o aprimoramento de nosso senso crítico). Por isso pesso que se por ventura, algum comentário que eu faça de alguma publicação não esteja condizente com aquilo que pensa quem por acaso acessar tal comentário, fiquem cientes que é apenas a posição de quem não tem formação acadêmica na área e portanto é só à opinião de quem adora ler.

Mas se por acaso alguém acessar, mesmo que por engano ou coincidência, é quiser comentar, ficarei lisonjeado, mesmo que tal comentário seja uma crítica. 


sexta-feira, 20 de novembro de 2020

No Brasil estamos acostumados a ouvir da classe política  proposta e planos que na grande maioria das vezes não saem do papel, muitas vezes porque são apenas propostas, e quem as faz em nenhum momento se preocupou se eram factíveis ou não, até porque eram apenas maneiras de se angariar votos, sem nenhum comprometimento em realmente realiza- las. 
É essa a grande diferença entre propostas e planos, e projetos bem elaborados e alicerçados em bases essencialmente técnicas levando em conta experiências comprovadamente bem sucedidas.
Portanto fico esperançoso que o PROJETO de regulamentação do Fundeb seja realmente aprovado, pois percebe-se que realmente foi elaborado como um projeto deve ser, técnico sem a interferência do que há de mais nefasto em tudo que é  feito atualmente em nosso país, que é a politicagem, que nada mais é do que prometer, prometer e nada mais do que prometer.https://m.facebook.com/story.php?story_fbid=818649415356998&id=201596403728972

sábado, 26 de setembro de 2015

Até para ter direto a indignação, devemos ser éticos.


   A ética da indignação

As palavra ética e moral nunca foram tão ditas,  escritas e interpretadas como agora. A constatação de que moramos em um país assolado pela corrupção, pela ladroagem e falcatruas, nos acordou de um sono de alienação conveniente. Dizer que estamos estarrecidos e surpresos com as ultimas revelações que todos os dias nos são apresentadas, é no mínimo hipocrisia.
Não estou dizendo que somos hipócritas na análise literal da palavra de que estamos fingindo um sentimento, a indignação, mas sim que a nossa indignação é na maioria das vezes balizada pela nossa conveniência.
Os fatos que hoje nos estarrecem já á muito tempo são ditos, escritos e interpretados pela nossa sociedade, podemos alegar em nossa defesa, que o aumento da indignação se deu porque hoje as falcatruas e a ladroagem foram comprovadas de maneira irrefutável, mas em outras ocasiões provas cabais também foram apresentadas a sociedade, sobre malfeitos cometidos pelos nossos governantes, mas o que se percebia era uma indignação moderada e permissiva por parcela considerável da sociedade em relação aos fatos.
É incontestável que parte significativa da sociedade brasileira, de forma velada e até inconsciente, nutria certa admiração por indivíduos que de alguma maneira conseguiam ascensão social e financeira, mesmo que para isso relegassem há segundo plano, preceitos éticos. Esses indivíduos conseguiam tal façanha porque de alguma maneira suas atitudes iam ao encontro do que boa parte da sociedade brasileira pensa, ou pelo menos pensava, "os fins justificam os meios". Os fins em questão podem ser entendidos como dar uma vida melhor para si e sua família, ou mesmo alcançarmos de forma definitiva o status de país desenvolvido, que possua uma distribuição de renda eficiente e igualitária.
O problema é que os meios utilizados pelos indivíduos em questão foram tão devastadores do ponto de vista da moralidade, que até os mais céticos contestadores da honestidade da nossa classe política se surpreenderam.
A indignação do povo brasileiro agora aparenta ser plena e completa, e não mais parcial e tolerante. E o que provocou tal mudança?
É que as palavras que mais são ditas hoje além de ética e moral são, crise económica, recessão, perda de renda, desemprego e aumento de impostos. Ou seja, os fins não justificaram os meios.
Até para nos indignarmos devemos ser éticos.

Autor:: Mário Rui Baptista 

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

HISTÓRIA OU MENTIRA?

Como se conta uma história? Para os incautos é a narrativa de fatos. Mas fatos não necessariamente precisam ter ocorrido para se tornarem histórias de fato. Existe o fato inventado, manipulado, redesenhado. Não, não estou me referindo à mentira, até porque a mentira não é um fato, e sim uma história inventada para enganar de fato. Mas se uma história é feita de fatos, mesmo que inventados, então porque cargas D, água uma mentira não é um fato de fato e sim uma história inventada?
Porque de fato para uma história existir precisa de fatos, não necessariamente verídicos.
Agora para uma mentira existir precisa-se de uma história, mas necessariamente desprovida de fatos de fato.
Qual é então a diferença entre uma história e uma mentira? Além da diferença na grafia da palavra história ou estória, é a intenção com que ela é contada.

Autor: Mário Rui Baptista

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