domingo, 22 de novembro de 2009

O papel da psicopedagógia, na solução dos conflitos observados no ambiente escolar atual

O titulo desta postagem, é o mesmo de um artigo escrito por:


Maria Luiza Espicalquis Maschio

Pós-graduanda em Psicopedagógia pelas Faculdades Integradas
Urubupungá-FIU


Nos dias atuais os conflitos em sala de aula tornaram-se um desafio para professores, diretores e secretarias de educação dos municípios brasileiros. Conflitos que têm como motivações diversos fatores, entre os quais, sociais , psicológicos e econômicos. Isso faz com que o problema se torne de difícil solução. Um artigo que foi publicado na Folha de Auriflama, da cidade de mesmo nome, no dia 14 de Novembro de 2009, me chamou a atenção pela forma com que tratou o assunto. Jogando luz sobre a questão, de forma clara e eficiente.
Abaixo o artigo na integra.

O papel da psicopedagógia, na solução dos conflitos observados no ambiente escolar atual.


A principio temos a concepção de que o período que as crianças passam na escola deveria ser de tranquilidade para os alunos e para os pais. Porque afinal, esses alunos estão sob a supervisão de adultos, em um ambiente voltado primordialmente à atividade intelectual. No entanto a realidade dos dias atuais é completamente diferente. Hoje tenho para mim, que a escola é o principal termômetro da intensidade dos conflitos, das necessidades e das incertezas da sociedade contemporânea, todos os problemas de uma sociedade acabam por desembarcar no ambiente escolar, e se não forem devidamente equacionados, tornam o mesmo um lugar de insegurança, e de conflitos perniciosos ao bom desempenho da unidade escolar.
Se nos propuséssemos a elencar aqui todos os problemas hoje encontrados no ambiente escolar, teríamos uma lista enorme, mas sem duvida, os principais a serem mencionados são: Violência, indisciplina, falta de comprometimento por parte dos alunos, depredação do patrimônio público. E em decorrência, ou mesmo somados a esses problemas, a seria questão da evasão escolar, e também professores desmotivados, estressados, muitos com sérios problemas de depressão.
Tentar aqui determinar as causas que levaram a tal situação, é tarefa difícil, mas sem duvida fatores como a falta de políticas públicas eficientes, voltadas para a educação, com intuito único de melhorar a qualidade da mesma no país, e não apenas melhorar estatísticas, que na grande maioria das vezes não refletem a realidade do ensino brasileiro, e que na verdade só servem para que políticos inescrupulosos se valham de dados muitas vezes nada confiáveis, para promoção pessoal, e de seus governos. Claro que outros problemas como desestruturação familiar, desemprego, dependência química, também são fatores importantes que contribuem para o agravamento da questão, mas vale salientar, que são fatores interligados, que de alguma maneira se potencializaram por falta de uma presença efetiva do Estado.
A questão é que os problemas existem, e precisam de solução, e as alternativas devem surgir através do empenho e dedicação dos profissionais envolvidos na questão, desenvolvendo novas maneiras de abordagem em relação aos problemas. Pais e educadores andam assustados. O fato angustiante para eles, é a impotência diante das opções dos filhos e alunos, hoje é comum, os mesmos agirem de forma independente , e a revelia daquilo que orientam seus pais e professores, não que essa independência não tenha seu lado salutar, no entanto, eles agem como se fossem donos absolutos da verdade, com um elevado grau de atrevimento e enfrentamento. E cada vez mais cedo.
Isso nos leva a questionarmos: Como abordar esses alunos de forma que não os tornem ainda mais arredios e dispersivos?, Como fazer que esse aluno se torne responsável, sem perder a independência que tanto os atrai?, Como atrair o interesse desses alunos para o convívio escolar, despertando nos mesmos, curiosidade pelo novo, pela informação, pelo saber?.
Uma coisa é certa, nenhuma dessas metas será atingida, com imposições e punições, desconectadas de um projeto maior, que vislumbre o aluno como protagonista de um processo educacional.
É ai que no meu entendimento, a ação psicopedagógica tem a capacidade de contribuir em muito, para a transformação dessa realidade escolar. A psicopedagógia, área do conhecimento interdisciplinar, tem como objeto de estudo a aprendizagem humana, tendo como um dos principais objetivos, potencializá-la e atender as necessidades individuais.
A escola é sem duvida nenhuma, responsável por parcela significativa da formação do ser humano, o trabalho psicopedagógico na instituição escolar, tem a capacidade, se bem conduzida, de socializar os conhecimentos disponíveis, como também propiciar ao aluno o desenvolvimento da sua capacidade de assimilar informações, e ao mesmo tempo construir normas de conduta, procurando afastar a necessidade de repressão.
A instituição escolar passou por uma mudança enorme no decorrer dos anos, novas tecnologias e metodologias ingressaram no cotidiano escolar, conceitos antes tidos como irrefutáveis, hoje tornaram-se defasados, necessitando de atualização, paradigmas ultrapassados ou esgotados perdem espaço para paradigmas emergentes ou inovadores, no entanto o que se nota, é que toda essa inovação não conseguiram acabar com o distanciamento da escola em relação a realidade de cada educando. Muitas vezes desmotivado e amedrontado pela reprovação, num lugar em que suas necessidades individuais de aprendizagem não são atendidas.
È neste contesto atual que a psicopedagógia ganha espaço, ela nasceu da necessidade de uma melhor compreensão do processo de aprendizagem humana. Por tanto fica claro para mim, que os questionamentos acima feitos, podem encontrar respostas inovadoras e eficazes na psicopedagógia. No entanto para que se tenha acessibilidade ao aluno, o educador tem de ter a sensibilidade de perceber eventuais perturbações no processo de aprendizagem, participar da dinâmica da comunidade educativa, favorecendo a integração, promovendo orientações metodológicas de acordo com as características e particularidades dos indivíduos do grupo. Para tanto se faz necessário que a equipe responsável pela elaboração de planos e projetos no contexto teórico-pratico das políticas educacionais, faça com que professores, diretores e coordenadores, possam repensar o papel da escola frente a sua docência, e as necessidades individuais de aprendizagem da criança ou, da própria mediação pedagógica.
O que é necessário que fique claro e que, mesmo que a escola tenha como prioridade solucionar problemas de aprendizagem, algumas crianças necessitam de um atendimento diferenciado mais especializado, e para que se consiga detectar esses casos, fica evidente a necessidade de um maior envolvimento da escola com a comunidade em que está inserida. Os problemas do entorno da unidade escolar como, violência, trafico de drogas, falta de saneamento básico, dificuldade de acesso à saúde, desemprego e outros, interferem de forma definitiva na capacidade da escola de cumprir com seu papel, que é o de formar cidadãos comprometidos com um futuro melhor para si, e para a comunidade em que vivem.
Mas o que realmente fará com que as coisas aconteçam, é uma nova postura do poder público, em relação a políticas educacionais. A educação deve ser vista de uma vez por todas, como uma ferramenta facilitadora na resolução de graves problemas que afligem por gerações a população brasileira. Não podemos mais admitir, que a educação nesse país seja relegada a segundo plano.

Autora: Maria Luiza Espicalquis Maschio

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Animais racionais, a natureza se defende

A muitos anos cientistas do mundo todo tentam alertar a humanidade para as transformações pelas quais passam nosso planeta.



Mas o homem em sua insanidade, insiste em repetir seus erros no que diz respeito a conservação dos recursos naturais.
A natureza ,no entanto, mostra sinais de que está cansada de tanta agressão. Os sinais são visíveis, mas o homem, considerado um animal racional, insiste em usar sua irracionalidade, e continua a agredir o planeta. E pasmem, destroi a sua própria fonte de vida, que aos poucos vai se esaurindo, e colocando em risco a sobre-vivência de seu algoz.
Abaixo um poema que ilustra a questão.

Animais racionais

Em um mês de Agosto,
Da metade para o fim.
Chuva insiste em chover,
Antigamente não era assim.

O tempo está ficando maluco!
Os mais velhos denunciam.
A culpa é do homem!
Sem demora sentenciam.

Essa afirmação é verdadeira,
Não há como contestar.
E olhando ao redor,
A natureza começa a se adaptar.

Testemunha ocular do fato,
Posso meu testemunho dar.
E para isso esforço não faço,
Basta pela janela olhar.

No quintal de minha casa,
Existe um pé de manga.
Que há muito o espaço habita,
Sem nunca de mim mangar.

No entanto ultimamente,
Mudanças posso notar.
O mês em que dava frutos,
Hoje faz questão de desrespeitar.

Em Setembro chupo manga,
Porem manga não deveria chupar.
Já que o combinado é Novembro,
Que manga a mangueira deve dar.

O homem é um ser insano,
Ele é bicho matreiro.
E se preciso tudo destrói,
Quando o intuito é dinheiro.

Muitos podem questionar,
A importância que há.
No mês em que a mangueira,
Frutos resolve dar.

O fato é que a natureza,
Um roteiro deve seguir.
E se nele interferimos,
O preço a pagar deve vir.

Muitos ignoram esse fato,
Esse é um erro crucial.
Pois a natureza aos poucos,
Vai nos dando o sinal.

O aviso já foi dado,
E erros devem ser corrigidos.
Se não deixaremos um legado,
De vergonha para nossos filhos.


De animais racionais,
Fomos nomeados.
Só falta agora merecer,
O patamar em que fomos colocados.

Se isso que presenciamos,
É agir com racionalidade.
Não quero pertencer aos racionais,
Essa é a triste realidade.


Autor: Mário Rui Baptista

domingo, 18 de outubro de 2009

Obama, realidade ou promessa?


Esse artigo foi publicado no jornal Folha da Região da cidade de Araçatuba S.P, no dia 22 de Outubro de 2009, na coluna de opinião.


O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, está longe de ser uma unanimidade, mas quem o é?
O premio Nobel da paz por ele recebido, alegrou alguns, espantou outros, e deixaram irados outros tantos, o que não poderia ser diferente. O fato é que se analisarmos com atenção qual é o propósito do premio, e o que é levado em conta para que seja outorgado a alguém, Obama não é o pior dos já escolhidos.
O premio na realidade, é uma forma de prestigiar e avalizar posturas, condutas e iniciativas, que aos olhos do Comitê Norueguês do Nobel, ajudam de alguma forma a promover a paz no mundo, mesmo que tais atitudes ainda estejam no campo das boas intenções. Mas com certeza o premio será um facilitador da trajetória de um líder mundial da importância de Barack Obama, em sua difícil tarefa, que é a de promover a paz mundial, e ao mesmo tempo apagar a péssima imagem deixada pelo seu antecessor. Segundo o próprio Obama, sua agenda de compromissos com a humanidade é: Eliminar as armas nucleares do mundo, e fazer com que todos os países assumam suas responsabilidades, no que diz respeito ao aquecimento global, o racismo e a crise econômica.
E como é do conhecimento de todos, as dificuldades de Obama começam dentro do próprio país, pois ele dificilmente conseguira cumprir como presidente dos Estados Unidos, aquilo que prega como conduta a seguir pelos outros países.
No mais , que Deus o ajude, ele com certeza vai precisar.

Autor: Mário Rui Baptista

domingo, 4 de outubro de 2009

BRASIL OLIMPÍCO



Esse artigo foi publicado no jornal Folha da Região da cidade de Araçatuba S.P, na coluna opinião, no dia 11 de Outubro de 2009.
Definitivamente o Brasil entra para a história do esporte mundial. Com a escolha do país para sediar as olimpíadas de 2016, consolida-se uma trajetória de reconhecimento de um país, que a muito merecia ser visto pela comunidade internacional, como uma terra pujante no presente, e não mais como uma promessa de país do futuro. O Brasil tem com certeza muitos problemas a serem resolvidos, e talvez por isso, muitas opiniões contrarias a realização dos jogos em nosso país , serão proferidas até a realização dos mesmos, no entanto devemos ter o discernimento de analisarmos a questão de modo prático e inteligente, deixando de lado paixões e paradigmas que não são mais aceitos nos dias atuais.
Em um mundo cada vez mais capitalista (Mesmo que muitos aleguem ser o mal da humanidade) e globalizado, os jogos olímpicos devem ser encarados, não só como motivadores do esporte no país, (O que na minha percepção já é um grande feito) mas também como uma oportunidade de mostrar ao resto do planeta, a capacidade do país em se organizar para realizar evento de tamanha magnitude. É opinião unânime que para conseguirmos sucesso em qualquer atividade, é fundamental conquistar a confiança daqueles a quem queremos servir. Nas relações internacionais a linha de conduta é a mesma. É chegada à hora de mostrarmos a humanidade que amadurecemos, que o nosso país apesar das imensas dividas sociais ainda existentes, conseguiu através de muito esforço e sacrifício de varias gerações, encontrar um equilíbrio desejado por muitos países, mas alcançado por poucos. O equilíbrio a que me refiro, é a consolidação de suas instituições, fator essencial para que o país evolua de forma consistente, sem maiores sobressaltos.
Comemoremos com muita alegria esse grande feito, pois não é pouca coisa ser escolhido para sediar a primeira olimpíada da América do Sul. Entramos de uma vez por todas para a história da humanidade.

Autor: Mário Rui Baptista

domingo, 13 de setembro de 2009

Auxílio aos fumantes

Esse artigo foi publicado na Folha da Região de Araçatuba S.P, no dia 18 de setembro de 2009, na coluna opinião.


Quando da grande polemica que se instalou em torno da lei antifumo aprovada pela Assembléia Legislativa de São Pulo, muitos críticos da lei, afirmavam que a mesma não teria a capacidade de fazer com que os fumantes abrissem mão do seu vicio. Já na época a minha visão sobre o tema era outra, pois o beneficio vislumbrado por mim em tão boa iniciativa, estava no poder que a lei certamente teria, em fazer com que as pessoas se questionassem sobre as desvantagens do fumo. Na realidade o que eu via como ponto positivo, era que com as restrições impostas pela lei, as pessoas fumantes começariam a se sentir constrangidas e incomodadas com as restrições a elas impostas, e começariam a considerar a possibilidade de deixar de fumar.
A partir do momento em que essas pessoas se conscientizassem dessa necessidade, a procura por ajuda se tornaria efetiva, obrigando as nossas autoridades a disponibilizar na rede publica de saúde atendimento especializado para ajudar a esses cidadãos, em tão difícil e penosa empreitada.
E para a minha alegria, constato que começaram a surgir iniciativas por parte do poder publico, que vão ao encontro das necessidades dessas pessoas. Em muitos casos os programas de auxilio já existiam, no entanto a procura era pequena, isso desestimulava o poder publico a aumentar a abrangência desses programas.
Acredito que o fato é exemplo claro, de que em uma sociedade livre, toda e qualquer imposição ou restrição aos direitos individuais, mesmo que seja em beneficio da mesma, devem sempre vir acompanhadas de mecanismos que possibilitem ao cidadão afetado cumprir com seu dever, que é o de respeitar as leis do seu país. Isso com certeza fará com que se acabe com a afirmação: No Brasil nem todas as leis “pegam”.


Autor: Mário Rui Baptista

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Super Paulistão de Vôlei 2009

FOI DADA A LARGADA PARA O SUPER PAULISTÃO DE VÔLEI 2009

Teve inicio mais um campeonato Paulista de Vôlei, e esse ano pelo que presenciamos nas primeiras rodadas, promete ser um belíssimo campeonato. Equipes reformuladas, mas tão ou mais competitivas que no ano passado, somado a uma excelente organização (pelo menos foi o que presenciamos nesse inicio campeonato), tem tudo para se tornar um campeonato inesquecível.
E com relação ao vôlei Futuro da cidade de Araçatuba, as expectativas são as melhores possíveis. Percebe-se que as equipes (masculino e feminina), vêm mais robustas para a competição, já alguns anos no campeonato, as equipes aos poucos vão ganhando experiência, e conquistando o respeito dos adversários .
As duas equipes do Vôlei Futuro vêm de derrota no Campeonato Paulista, mas isso não serve de parâmetro para ficarmos pessimistas com as equipes, o time masculino, depois de uma excelente partida contra o Pinheiros/sky, em que levou o jogo para o tié-break, o que não é pouca coisa, visto que o time do Pinheiros/sky era o único invicto no campeonato e somava 6 pontos ganhos. Essa excelente partida era um prenuncio do que viria. Nessa quarta feira, 26 de agosto, o Vôlei Futuro (masculino) fez uma maravilhosa partida contra a forte equipe do Brasil Vôlei, representante do A.B.C paulista (ex-Santander), que tem como destaques o libero Serginho e o oposto Dante, e ganhou a contenda por 3 setes a zero, em uma demonstração de que o time veio para fazer história nesse Paulistão de vôlei de 2009















sábado, 8 de agosto de 2009

Dia dos pais - O filho que virou pai


Amanhã é dia dos pais, falar do pai é tarefa ingrata, tudo que se fala parece precisar de complemento.Por mais que tentemos exaltar as qualidades do mesmo , sempre ficamos com a sensação de que faltou algo a dizer. Por isso resolvi fazer uma poesia, para assim, tentar mostrar um pouco do que penso dos pais, e porque não dos filhos, que em algum momento se tornarão pais.


Leia abaixo a poesia!!!


O filho que virou pai

A minha tenra idade,
A algum tempo já se expirou.
Então por dedução,
Sabes que adolescente não sou.

Da minha época de moço,
Confesso pouco me recordo.
Talvez por conveniência,
Pois de meus atos, poucos aprovo.

Meu querido pai muito severo,
Atitude imposta pela tradição.
Contudo muito presente,
E dono de enorme coração.

Eu moleque inquieto,
Sempre a procura de emoção.
Por ele era contido,
Com severa punição.

Contudo um problema eu tinha,
Logo da punição me esquecia.
Por causa da fraca memória,
A peraltice repetia.

Meu querido pai beirava a loucura,
Solução para questão não via.
E todos que consultava,
A culpa a adolescência remetiam.

Meu pai criado de outra forma,
Com valores hoje não vistos.
Tinha muita dificuldade,
Em resolver meus conflitos.

Naquele tempo não entendia,
Muitas vezes me irritei.
E culpava meu pai,
Pelos caminhos que não encontrei.

Hoje passado muito tempo,
Revendo meu itinerário.
Sou obrigado a reconhecer,
Meu pai era um visionário.

Meu papel hoje se inverteu,
No lugar de meu pai me encontro.
Tentando convencer meus filhos,
Que não existe caminho pronto.

Os conselhos por meu pai dados,
E que um dia contestei.
Por mim hoje são repetidos,
E os meus filhos dão a importância que dei.

As dificuldades que meu pai tinha,
Em lidar com meus conflitos.
Repetem-se novamente,
Só que agora, sou eu o aflito.


Meus filhos hoje me olham,
Como se de tudo entendessem.
Tais atitudes me inervam,
É como se ao passado me remetessem.

Hoje lido com outros conflitos,
Diferentes dos da minha adolescência.
Mas as motivações são as mesmas,
Auto-afirmação, intolerância e prepotência.

Ao conflito de gerações,
A que muitos atribuem tal atitude.
É resposta simplória,
Para problema de tamanha magnitude.

Porem com toda a semelhança,
Que comparando , concluímos.
Uma diferença é gritante,
O carinho que com nossos pais tínhamos.

Como pai me sinto encurralado,
Com todo tipo de pressão.
Os filhos hoje traçam seus planos,
Aos pais resta a subvenção.

E o que é mais preocupante,
É que constrangidos não ficam.
Não ter pedido para vir ao mundo,
Essa é a maneira que justificam.


No entanto amamos nossos filhos,
E por eles damos a vida.
E na grande maioria das vezes,
Esquecemos o tamanho da divida.

Isso tudo é natural,
Faz parte do instinto paterno.
É coisa que não se explica,
Herança do pai eterno.

Os filhos também nos amam,
E por nos dariam a vida.
Em cheque, a atuação como pai fica,
Quem dessa afirmação duvida.

É coisa muito natural,
O apego a nossa família.
É coisa que não se explica,
É construído dia a dia.

Em resumo lhes digo,
Sem medo de errar.
Não existe receita pronta,
Para titulo de melhor pai ganhar.

Nisso tudo existe um consolo,
Sem querer parecer duro.
É que os filhos de hoje,
Serão os pais do futuro.

Autor: Mário Rui Baptista - Araçatuba, S.P