quinta-feira, 29 de dezembro de 2022

Livro: "O Futuro da América". Autor: Simon Michael Schama. Análise (opinião) literária. Incentivo à leitura. Desenvolver o prazer pela leitura.


 O livro "O futuro da América" do autor Simon Michael Schama, um acadêmico e escritor britânico, professor de História e História  da arte na Universidade de Columbia, é sem dúvida um livro que certamente agregará uma  quantidade enorme de informações históricas  sobre a América do norte a quem se dispor a le-lo.

De forma habilidosa o autor conduz o leitor em uma prazerosa "viagem" que desmistifica algumas ideias pré estabelecidas sobre à  América. Ao traçar um paralelo entre os fatos hoje vivenciados pelos norte americanos e a história do país, o autor consegue deixar plenamente claro que conquistas em nossa evolução como sociedade, não acontecem de forma espontânea, precisam sempre de situações descorruptivas, e isso só é efetivamente possível quando pessoas com espírito descorruptivo resolvem por em prática suas inquietações e liderar o processo  necessário para que as mudanças aconteçam.

Mudanças como consciência ambiental, igualdade e equidade racial, aceitação do outro e suas escolhas, são metas muitas vezes tidas como utópicas e inatingíveis, mas se observarmos com atenção a história da humanidade, veremos que avanços foram conquistados, na maioria das vezes à duras penas, mas a evolução é assim, são as dores do crescimento. A história serve entre outras coisas, para que possamos olhar para ela e depois de analisa-la encurtarmos o caminho para as mudanças. 


Descrição da editora 

A ameaça da mais grave crise econômica desde a Depressão de 1929 e a possibilidade inédita de ver na presidência um negro ou uma mulher tornaram a campanha presidencial americana de 2008 não só a mais importante em pelo menos cinquenta anos, como uma oportunidade excepcional para a nação examinar sua própria história.

E é isto que faz Simon Schama neste primoroso O futuro da América : captura, no calor dos fatos, o ambiente social da fase de eleições primárias de 2008, quando Hillary Clinton e Barack Obama disputavam voto a voto a preferência dos democratas e vários aspirantes lutavam para se sobressair entre os republicanos, e o contrasta com histórias de personagens importantes do passado americano em alguns dos momentos mais decisivos da trajetória nacional - a Guerra Civil, a Grande Depressão, a presidência de Theodore Roosevelt, os períodos de expansão geográfica que configuraram o território atual, o movimento pelos direitos civis nas décadas de 1950 e 1960, entre outros.

Em todas essas situações, estava presente o dilema entre ideias defendidas por pares de antagonistas como Mark Twain e Theodore Roosevelt, Montgomery Meigs e Robert Lee, John Ross e Andrew Jackson.

Todos esses personagens e eventos estão agrupados em quatro capítulos, cujos temas, segundo Schama, são os traços definidores da cultura americana: a guerra, o fervor, a identidade nacional e a riqueza material.

O resultado é uma galeria de personagens de qualidades extraordinárias e um conjunto de análises lúcidas e instigantes sobre os traços determinantes do caráter coletivo do povo americano, que há mais de um século tornaram os Estados Unidos um ator fundamental no destino do mundo inteiro.

Crítica especializada: " O futuro da América , como todos os trabalhos de Schama, floresce em paradoxos. Ele adora subverter clichês e corroer arquétipos." - The Independent.

segunda-feira, 14 de novembro de 2022

Livro: A planta de ferro. Autor: George Orwell. Análise ( opinião ) literária. Incentivo à leitura. Desenvolver o prazer pela leitura.


 O livro "A planta de ferro" do autor George Orwell,  é uma obra que nos convida a refletir sobre o poder que o dinheiro tem em determinar a nossa trajetória como pessoa física, e o mais preocupante, como comanda o nosso psicológico e controla as nossas decisões e os nossos relacionamentos. 

Ao mostrar a resistência de seu personagem principal, em se submeter as regras do capitalismo e consequentemente ao dinheiro,  convida o leitor a refletir como as vezes somos levados a tomar decisões, não pelo que acreditamos, mas por imposição de regras determinadas pela consciência  coletiva. 

O autor usa também de forma habilidosa a metáfora com a planta aspidistra (A planta de ferro) que da nome ao livro, para demonstrar como a sociedade subdivide-se em castas, e símbolos são criados para identifica--las.

O livro é mais "leve" se comparado com outras obras do autor, principalmente em relação a posicionamentos político ideológicos , mas é sem dúvida um excelente livro. 

Descrição da editora 

Ambientado em Londres, em 1930, tem como tema principal a ambição romântica de Gordon Comstock de desafiar a adoração do deus do dinheiro e do status. A Planta de Ferro referência à aspidistra não é tão agressivamente político quanto as obras mais famosas de Orwell. O romance está mais preocupado com as relações interpessoais, mas ainda aborda as questões maiores do capitalismo, do socialismo e a divisão de classes de forma sombriamente humorística. O olhar nada sentimental aos detalhes reveladores com seu humor seco e sereno, seu fascínio pelas loucuras e sua corajosa recusa em aceitar o conforto de respostas fáceis é o que faz com que o livro seja quase sempre engraçado, sem nuances de amargor.

Sobre o Autor

George Orwell nasceu Eric Arthur Blair em 25 de junho de 1903, em Bengala, Índia, onde seu pai trabalhava para o Departamento de Ópio do Serviço Público Indiano da Grã-Bretanha. Estudou em instituições de elite e foi ele próprio durante cinco anos agente da polícia imperial na Birmânia. Viveu com os miseráveis de Paris e Londres no final dos anos 1920 e lutou pela causa republicana na Guerra Civil Espanhola ao lado de uma milícia minoritária com inspiração anarquista e trotskista, quando levou um tiro na garganta que quase lhe tirou a vida. Morreu de tuberculose no dia 21 de janeiro de 1950, um ano depois de concluir 1984. Tinha 46 anos.

segunda-feira, 7 de novembro de 2022

Livro: "Preto no Branco". Autor: George Pelecanos. Análise (opinião) literária. Incentivo à leitura. Desenvolver o prazer pela leitura.


 A obra "Preto no Branco" do autor inglês George Pelecanos é um romance policial em sua plenitude, os elementos principais que compõe um romance policial estão claramente presentes, o inigma, o culpado, a vítima,  as pistas deixadas pelo criminoso e o detetive, elementos esses usados com muita habidade pelo autor.

Com uma narrativa dinâmica, criativa, e muito bem amarrada o autor conduz o leitor em uma "viagem" intensa e cativante por uma trama dença é empolgante.

O detalhamento com que o autor monta as cenas de sua história, faz com que o leitor imagine de forma fácil os ambientes onde a trama se desenrola. Outro fator que me chamou a atenção foi que nos dois últimos capítulos o autor usou diálogos dinâmicos entre os personagens para de forma inteligente fazer um apanhado dos fatos mais importantes da trama, isso ao meu entender facilita o leitor na compreensão   da trama. Reavivando fatos ocorridos no início do livro faz com que o leitor conclua a sua leitura de forma mais aprazível. 

Outro aspecto relevante que nos chama a atenção, é a abordagem que o autor faz sobre o racismo estrutural, e a dificuldade que a sociedade tem em lidar com o tema.

É sem dúvida um bom livro. 

Descrição da editora 

A agência de investigações de Derek Strange não costuma aceitar casos de assassinato - tarefa da polícia, acredita o detetive. A morte de Chris Wilson é uma exceção. Flagrado ao apontar a arma para um branco, Wilson, um negro, é morto a tiros. O autor dos disparos é Terry Quinn, um policial branco. Ele não ouviu o outro gritar que era da polícia. Houve preconceito, ou Quinn só cumpriu seu dever? Para Strange, não há dúvida de que Chris Wilson morreu por ser negro. Quatro décadas depois da morte de Martin Luther King e dos distúrbios relatados em Revolução difícil, as tensões raciais continuam vivas logo abaixo da superfície. Inclusive na improvável aliança entre Strange e Quinn na busca da verdade. Nessa trama impecável, vibrante, caracterizada pelo equilíbrio delicado entre o cômico e o tenebroso, o leitor freqüenta uma Washington insuspeitada, em que vivem crápulas, viciados, homens violentos e policiais corruptos, num clima de total intolerância. "Provavelmente o maior autor policial vivo." - Dennis Lehane, autor de Sobre meninos e lobos "Gostaria de ter criado os personagens desse livro." - Elmore Leonard, autor de Nada a perde.

Sobre o autor:

George Pelecanos é um autor americano. Muitos de seus 20 livros estão no gênero de ficção policial e se passam principalmente em sua cidade natal, Washington, D.C. Ele também é produtor de cinema e televisão e escritor de televisão.


Editora‎Companhia das Letras; 1ª edição (22 fevereiro 2006) Idioma‎ Português Capa comum‎ 360 paginas 

quinta-feira, 27 de outubro de 2022

Livro: "Prazo Final ". Autora: Stella Rimington. Análise (opinião) literária. Incentivo à leitura. Desenvolver o prazer pela leitura.


O livro "Prazo Final" da autora Stella Rimington, e uma obra de aventura e espionagem, sou apreciador dessa  vertente literária, mas confesso que a narrativa do livro não me empolgou, com um início lento e monótono, transforma a leitura em algo cansativo, do meio para o final o rítimo melhora mas não o bastante para tornar a leitura agradável. Ressalto sempre que é apenas a minha opinião, é não quero que sirva como pretexto para que o livro deixe de ser lido, até porque sou também da opinião que todo o livro tem o direito de ser lido. Porque com certeza, o simples fato de lermos e formarmos uma opinião sobre o mesmo, já contribuiu muito para a nossa formação. 

Descrição da editora 

Após anos de conflito entre Israel e Síria, finalmente surge uma esperança de paz no Oriente Médio. Representantes de ambos os países se encontrarão na conferência de Gleneagles, onde discutirão a possibilidade de um acordo. No entanto, esse não parece ser o desejo de todos. Através de fontes confiáveis, a agente do MI5 Liz Carlyle recebe a informação de que dois indivíduos planejam impedir que a conferência ocorra. Assim, mais uma vez a agente Liz entra em ação para impedir que uma catástrofe aconteça.

Editora Record, 368 paginas 

domingo, 9 de outubro de 2022

Livro: "Livro do Desassossego". Autor: Fernando Pessoa. Análise (opinião) literária. Incentivo a leitura. Desenvolver o prazer pela leitura.


 Descrição do livro 

Os fragmentos que compõem esta complexa obra representam a inquietude, os sentimentos, as dúvidas e o amplo conhecimento de mundo daquele que segurava a caneta para escrever tão profundas palavras e ao fim assinar sob o semi-heterônimo de Bernardo Soares. Escrita em forma de diário, Livro do desassossego é a obra de Fernando Pessoa que mais se assemelha a um romance, revelando os mais íntimos pensamentos e impressões do autor.

A obra "Livro do desassossego" de Fernando  Pessoa e por demais desafiadora, e como todo o desafio no início nos incômoda, temos a impressa que não conseguiremos suplanta-lo,  até por isso ele é para nós considerado um desafio. Mas ao mesmo tempo que nos incômoda, nos instiga e nos tira da zona de conforto, embaralha nossos sentidos e destrói verdades que considerava-mos indiscutíveis, mesmo sabendo que não existem verdades absolutas, isso o autor em fragmento do livro aborda, é joga luz sobre a questão, ou melhor joga dúvidas, porque na minha opinião, Fernando Pessoa ao escrever essa obra não tinha a menor intenção em clarear sentimentos ou emoções por nós sentidas, pelo contrário, ele deixava bem claro a todo momento o conflito de sentimentos que o seu semi-heterônimo Bernardo Soares nutria e o atormentava, ele tinha uma alma desassossegada. 


domingo, 28 de agosto de 2022

Livro: "Os Anos de Chumbo ". Autor: Luiz Octávio de Lima. Análise (Opinião) literária. Incentivo à leitura. Desenvolver o prazer pela leitura.

 



O livro " Os Anos de Chumbo" de Luiz Octávio de Lima é sem dúvida alguma uma obra muito bem elaborada, é a materialização de técnicas de como escrever um livro sobre  história, porque é isso que ele é, um ótimo livro de história. O bom livro de história se atém aos fatos, sempre tentando ao máximo se aproximar da verdade, e isso o autor faz com maestria.

O livro é excessivamente importante para o momento político pelo qual o país atravessa,  onde valores antes consagrados como imutáveis hoje são questionados, honra e ética são relativizados.

Termo como "Pós verdade" foi criado para justificar postura de pessoas que abrem mão da verdade é dos fatos, para salvaguardar suas convicções ideológicas, ou seja, criam verdades convenientes.

Mas o que eu considero de mais importante na obra, é que ela joga luz em fatos históricos  que a grande maioria dos integrantes da nova geração não tem conhecimento, ou têm uma visão distorcida dos acontecimentos.  

Para se ter opinião formada sobre algo, é essencial que se tenha uma visão do todo, sem manipulação de fatos, e muito menos análises tendenciosas.

Super recomendo a leitura do livro, e uma obra que resgata a verdade sobre os fatos, cabe depois ao leitor tirar as suas conclusões.  

Resenha da Editora

A partir de entrevistas com personagens da época e uma profunda revisão bibliográfica, Luis Octavio de Lima apresenta, de forma cronológica, o que levou ao golpe de 1964, como a repressão e a censura afetaram o Brasil e o cotidiano das pessoas e o que foi feito para levar o Brasil à redemocratização.

Por meio de uma análise minuciosa, o autor reconstitui o contexto político, social e histórico do país desde o governo de Jânio Quadros até a instauração da ditadura militar. Com materiais inéditos, Luiz Octavio revela os principais acontecimentos que resultaram no Golpe de 64 e dedica a obra, ainda, às gerações futuras, como forma de denunciar os horrores cometidos nos chamados anos de chumbo. 

Sobre o Autor

Jornalista formado pela PUC-RJ e com MBA em Economia pela Unicamp, Luiz Octavio de Lima trabalhou nas principais redações do país. Tendo começado como repórter em O Globo, atuou nas revistas Veja, Época e Exame, jornais Folha de S.Paulo e O Estado de S. Paulo. Foi finalista do Prêmio Jabuti com o livro Pimenta Neves: uma reportagem. Publicou três livros de História pela Editora Planeta: A guerra do Paraguai, 21 batalhas que mudaram o Brasil e 1932: São Paulo em chamas. Faleceu logo depois de concluir este quarto livro, Os Anos de Chumbo, que a Planeta publica em sua homenagem.

quarta-feira, 3 de agosto de 2022

Livro: "Estado Profundo". Autor: Ian fitzgerald. Análise (opinião) literária. Incentivo à leitura. Desenvolver o prazer pela leitura.


 O livro "Estado Profundo " de Ian fitzgerald é uma obra que deve ser lida com o nosso senso crítico em estado de alerta. Quando digo isso não quero que seja entendido como uma crítica,  mas sim como uma provocação, para que as pessoas que se desafiarem a fazer a leitura, não se distraiam com o grande número de informações históricas que recebem (Que por sinal são muito relevantes) e deixem de prestar atenção à coerência dos fatos contados com a narrativa do autor. 

O livro se propõe a examinar o que realmente é um estado profundo e como eles surgiram em vários lugares do mundo e ao longo da história. Começando com as elites oligárquicas da Grécia Antiga e da Guarda Pretoriana, na Roma Antiga, passando pelo estado policial da Alemanha Oriental na década de 1950 até os narcoestados da América Latina na década de 1970 e a corrupção institucional da Nigéria do século 21, ele explora as muitas maneiras pelas quais as pessoas tentaram tomar o aparato de poder para si mesmas, permanecendo fora do controle.

Fica difícil para o leitor fazer juízo de valor de tudo que lhe é narrado, porque para isso, teria o mesmo que ter conhecimento histórico abrangente, o que na maioria das vezes não é o caso. Aconselho então ao leitor, que se detenha com mais atenção a trechos do livro em que o mesmo tenha algum conhecimento do que está sendo narrado, e aí sim, faça uma análise se o autor está sendo fiel aos fatos, ou se por ventura tenta de alguma forma convencer-te daquilo que ele gostaria que tivesse acontecido. 

Eu em especial me ative com mais atenção ao capítulo que fala da América do Sul, em especial ao Brasil, que foi para mim mais confortável elaborar uma opinião sobre o que o autor escrevia. 

Confesso que não gostei do que li, percebi por parte do autor um contorcionismo criativo para impor ao leitor aquilo que ele pensava sobre o assunto, até aí tudo bem, porque o escritor deve mesmo tentar convencer o leitor de suas convicções através  de suas análises, o problema é que como eu também vivenciei o período por ele narrado, identifiquei várias incoerências e interpretações equivocadas. A partir daí, confesso que a leitura do livro tornou-se mais difícil e carregada, pois aflorou de vez o meu ceticismo sobre a obra. 

Contudo é um livro que deve ser lido,  até para  que vocês desenvolvam as suas próprias opiniões. 

Abaixo resenha da editora:

Resenha da Editora

Sob a aparência externa de um governo legítimo e funcionários responsáveis, espreitam agendas ocultas, personalidades sombrias e grupos de interesses especiais que buscam assumir o controle da nação para seus próprios fins. Esses 'estados dentro de um estado', livres de normas legais e despreocupados com a opinião pública, são conhecidos como 'estados profundos'.

Neste relato fascinante, Ian Fitzgerald examina o que realmente é um estado profundo e como eles surgiram em vários lugares do mundo e ao longo da história. Desde o estado policial da Alemanha Oriental na década de 1950 até os narcoestados da América Latina na década de 1970 e a corrupção institucional da Nigéria do século 21, ele explora as muitas maneiras pelas quais as pessoas tentaram tomar o aparato de poder para si mesmas, permanecendo fora do controle. Agora que surge o tema das teorias da conspiração modernas em todo o mundo como uma tendência preocupante em direção ao poder não eleito, este livro é mais oportuno do que nunca e ajuda a separar o fato da ficção.

Examina as conspirações de estado profundo em todo o mundo, incluindo:

- os narco-estados da Colômbia e do México - onde instituições legítimas foram corrompidas pelo poder e riqueza do comércio ilegal de drogas

- o paraíso fiscal ilícito do Panamá e os Panama Papers de 2016, maior vazamento de dados da história

- o envolvimento da United Fruit Company no golpe de estado de 1954 na Guatemala

- os ladrões da América do final do século 19 e início do século 20

- o papel dos serviços de inteligência como a CIA, FBI e NSA no Estado profundo dos EUA, em casa e no exterior a medida em que sites de mídia social como o Facebook influenciam os eleitores

Sobre o Autor

Ian Fitzgerald tem mais de 20 anos de experiência como editor e escritor. Ele trabalhou para History Today, John Blake Books e Atlas Editions. Ele cobriu assuntos tão amplos quanto a história da Grécia e Roma antigas, a filosofia de Friedrich Nietzsche e a vida nas prisões modernas.