Mãe
Somos concebidos,
Nos tornamos algo vivo.
Mas não temos consciência ,
Daquilo que nos foi provido.
O direito a vida,
Nos é dado pelo criador.
Mas de emissária ele precisava,
Para entrega de tão alto valor.
Para ato de tal importância,
A escolha deveria ser perfeita.
Pois para ato divino,
Um ser divino deveria ser eleito.
Na vida no entanto,
Cometemos atos falhos.
E às vezes por imposição,
Trocamos caminhos por atalhos.
Isso fica evidente,
Quando na correria cotidiana,
Abdicamos da convivência,
Daquela que está acima da condição humana.
Porque aconteça o que acontecer,
Ela será sempre imaculada.
Aos olhos daquele a que deu vida,
Será sempre a enviada.
Porém o tempo é implacável,
E nada escapa de seu laço.
E a eleita que parecia eterna,
Dá sinais de cansaço.
Quando nos damos conta disso,
Tentamos recuperar o tempo perdido.
E rogamos ao senhor do tempo,
A chance de viver o que não foi vivido.
Essa chance nem sempre é concedida,
Não tomemos como castigo.
É apenas o criador,
Resgatando um ser divino.
Mas se ainda resta-te tempo,
Tempo não deves perder,
Afague tua mãe todos os dias,
És privilegiado, convives com divino ser.
Autor: Mário Rui Baptista
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