quinta-feira, 29 de junho de 2023

Livro: "Nada Menos Que Tudo". Autores: Guilherme Evelin e Jailton de Carvalho. Análise (opinião) literária. Incentivo á leitura. Desenvolver o prazer pela leitura.

O livro "Nada Menos QueTudo" a biografia de Rodrigo Janot Monteiro de Barros, escrita pelos jornalistas Guilherme Evelin e Jailton de Carvalho, é uma biografia muito bem elaborada no que diz respeito à sua narrativa e elaboração de texto. O que ao meu entender não foi equilibrado, foi o bom senso, pois fiquei com à impressão durante a leitura da obra, que o biografado teria pedido aos biógrafos apenas uma coisa, "falem bem, e só  bem, mas falem de mim".

Já tive a oportunidade de ler alguns livros sobre a Operação Lava jato, e notei uma semelhança que me chamou à atenção, todos os livros escritos por quem investigou o caso, não divergem quanto aos investigados, nem tão pouco aos crimes cometidos. As divergência ocorrem, quando ao contar as suas versões, tentam as vezes sem nenhuma humildade passarem aos leitores que se não foce por suas atuações, a operação estava fadada ao fracasso. 

Por isso chamo à atenção a quem se propor ler o livro. Para quem não estiver familiarizado com o que realmente foi a histórica "Operação Lava jato", aconselho  que esse leitor tome redobrada precaução ,  para que não se deixe levar por entusiasmadas narrativas sobre patriotismo e elevado senso profissional, pois não custa lembrar que se trata de uma biografia, e como tal, merece uma análise por parte do leitor, valendo -se de conhecimentos adquiridos sobre à questão, se por acaso não os possuir, recomendo pesquisa dos acontecimentos sobre os fatos. Só assim pode o leitor fazer com segurança juijo de valor, visto que em algumas biografias o narcisismo é facilmente identificável.

Contudo recomendo o livro, pois fatos importantes são relatados. Boa leitura. 

Descrição da Editora:

Temido e odiado por políticos de todos os partidos, aclamado como herói nas ruas, o ex-procurador-geral Rodrigo Janot é uma figura central da história contemporânea brasileira. Sua atuação no comando da operação Lava Jato transformou o país, expondo a corrupção em diversas esferas do poder. Por duas vezes, a chamada “Lista do Janot” fez o Brasil parar na frente da televisão ao envolver os mais marcantes personagens da vida nacional em escândalos. Em Nada menos que tudo, ele faz revelações importantes sobre grandes nomes da política brasileira, como Lula, Dilma, Temer, Aécio, Cunha, Serra, Collor, Genoíno, Sarney, Renan, Jucá, entre outros. Aposentado e sem pretensões políticas, ele lembra os bastidores, as intimidações e as pressões que sofria continuamente. Recorda diálogos e situações indizíveis. Nas entrelinhas estão possíveis explicações para a escalada do movimento que levou Jair Bolsonaro à Presidência da República.

Biografia do  biografado:

Rodrigo Janot Monteiro de Barros é um jurista brasileiro. Membro do Ministério Público Federal desde 1984, foi o Procurador-Geral da República do Brasil de 2013 a 2017.


 

sexta-feira, 16 de junho de 2023

Livro: " Uma Mulher Sem Importância". Autora: Sonia Purnell. Análise (opinião) literária. Insentivo á leitura. Desenvolver o prazer pela leitura.


 0 livro "Uma Mulher Sem Importância", da escritora Sonia Purnell, jornalista inglesa de prestígio, com passagens pela revista The Economist e pelos jornais The Telegraph e The Sunday Times, e que nos últimos anos, vem se dedicando à carreira de biógrafa, é uma espécie de resgate da verdade sobre uma personagem, que foi relegada ao esquecimento, porque a história por motivos muitas vezes inexplicáveis não faz justiça à alguns de seus personagens. 

Tenho para mim que talvez um dos principais benefícios que uma "honesta" biografia desencadeia, é que de uma maneira ou outra,  obriga que as pessoas que têm acesso a ela, reflitam sobre a história do biografado, e tenham a oportunidade de chegar as suas próprias conclusões, fazendo uma análise do conhecimento que tinham a respeito da questão, mas agora levando em conta as novas informações disponibilizadas pela "honesta" biografia. 

Em relação ao livro, é sem dúvida um excelente trabalho, nota-se sem esforço o intenso trabalho de pesquisa realizado pela autora, os fatos contados com riqueza de detalhes fazem com que a leitura se torne prazerosa e fluida.

A história de vida de  Virgínia Hall é realmente  inspiradora, ela é a prova cabal que algumas pessoas vêm ao mundo para fazer a diferença, e suas trajetórias tem a capacidade de mudar a vida das pessoas em circunstâncias inimagináveis. 

Apreciem a história de vida dessa mulher, como se estivessem lendo uma incrível narrativa de suspense, terror, morte, mas também de amor, esperança, dignidade e principalmente liberdade. E o que é impactante, isso tudo realmente aconteceu. 


Descrição da Editora:

Filha de um banqueiro americano e muito aventureira, Virginia perdeu parte da perna esquerda enquanto caçava pássaros com amigos, ao cair de uma cerca e acidentalmente atirar à queima-roupa no próprio pé. A prótese de madeira foi um impeditivo ainda maior na realização do sonho de se tornar diplomata, à época uma tarefa masculina, mas não na excelência do trabalho como espiã.

Ela começou dirigindo ambulâncias na França no início da Segunda Guerra Mundial e mais tarde treinaria células de resistência para sabotagens de guerrilha, como explodir pontes e até mesmo descarrilar um trem de carga. A espiã ajudaria ainda a preparar o terreno para que as forças aliadas invadissem a Normandia e a Provença.

Como líder de guerrilha, Virginia foi uma personagem decisiva no rumo da espionagem e no ponto de vista em relação às mulheres na guerra — além do curso que a luta tomaria na França.

A vida cinematográfica da maior espiã da Segunda Guerra Mundial Em 1942, a Gestapo, polícia secreta nazista, enviou uma mensagem urgente: “Ela é a mais perigosa de todos os espiões aliados. Devemos encontrá-la e destruí-la.”

sexta-feira, 2 de junho de 2023

Livro: "Grande sertão: Veredas". Autor: João Guimarães Rosa. Análise (opinião) literária. Incentivo á leitura. Desenvolver o prazer pela leitura.


 O livro "Grande sertão: veredas" de João Guimarães Rosa é o tipo de obra literária que não deve ser lida com pressa, até porque se assim fizer o leitor, esse corre um sério risco de se perder por completo na linguagem  disruptiva utilizada pelo autor.

No início da leitura nos sentimos extremamente desconfortáveis, pois parece que não teremos competência para tão difícil empreitada.

Depois do primeiro contato, aos poucos começamos a nos ambientar com a proposta narrativa do autor, e até com os termos por ele utilizados. Os neologismos brotam em abundância durante a "contação" do romance, e isso deixa de nos incomodar no decorrer da leitura, e com a repetição constante e bem utilizada dos termos, nos sentimos confortáveis e familiarizados com os mesmos, e a leitura flui maravilhosamente.
A edição da obra acima ilustrada, com certeza facilitará em muito a tarefa de compreender a genialidade do autor.
Esta nova edição conta com novo estabelecimento de texto, cronologia ilustrada, indicações de leituras e célebres textos publicados sobre o romance, incluindo um breve recorte da correspondência entre Clarice Lispector e Fernando Sabino e escritos de Roberto Schwarz, Walnice Nogueira Galvão, Benedito Nunes, Davi Arrigucci Jr. e Silviano Santiago. Dispostos cronologicamente, os ensaios procuram dar a ver, ao menos em parte, como se constituiu essa trama de leituras.
A obra "Grande sertão veredas" é sem dúvida nenhuma, essencial.

 
Descrição da Editora:
Publicado originalmente em 1956, Grande sertão: veredas, de João Guimarães Rosa, revolucionou o cânone brasileiro e segue despertando o interesse de renovadas gerações de leitores. Ao atribuir ao sertão mineiro sua dimensão universal, a obra é um mergulho profundo na alma humana, capaz de retratar o amor, o sofrimento, a força, a violência e a alegria.
O foco narrativo de “Grande Sertão: Veredas” está em primeira pessoa. Riobaldo, na condição de rico fazendeiro, revive suas pelejas, seus medos, seus amores e suas dúvidas. A narrativa, longa e labiríntica, por causa das digressões do narrador, simula o próprio sertão físico, espaço onde se desenrola toda a história.

A obra, na verdade, apresenta o diálogo entre Riobaldo e um interlocutor, que não se manifesta diretamente. Portanto, só é possível identificá-lo e caracterizá-lo por meio dos próprios comentários feitos por Riobaldo.


Sobre o autor:
João Guimarães Rosa nasceu em Cordisburgo, pequena cidade do interior de Minas Gerais, no dia 27 de junho de 1908. Filho de um comerciante da região, aí fez seus estudos primários, seguindo em 1918, para Belo Horizonte, para casa de seus avós, onde estudou no Colégio Arnaldo.
Cursou Medicina na Faculdade de Minas Gerais, formando-se em 1930. Datam dessa fase seus primeiros contos, publicados na revista O Cruzeiro.
Guimarães Rosa foi uma das principais expressões da literatura brasileira. O romance "Grandes Sertões: Veredas" é sua obra prima. Fez parte do 3.º Tempo do Modernismo, caracterizado pelo rompimento com as técnicas tradicionais do romance.

Em 1963, Guimarães Rosa foi eleito por unanimidade para a Academia Brasileira de Letras (ABL), mas somente tomou posse em 16 de novembro de 1967. Três dias depois da posse, sofreu um infarto.

João Guimarães Rosa morreu no Rio de Janeiro, no dia 19 de novembro de 1967. Aracy morreu em 2011, aos 102 anos.

sexta-feira, 5 de maio de 2023

Livro: "O Plano Perfeito". Autor: Sidney Sheldon. Análise (opinião) literária. Incentivo á leitura. Desenvolver o prazer pela leitura.


 O romance "O plano perfeito" de Sidney Sheldon, tem tudo que se espera dessa forma  literária,  apresenta uma história completa composta por enredo, temporalidade, ambientação e personagens definidos de maneira clara.

Os personagens na história narrada, sendo eles principais ou secundários, são tratados com muita habilidade pelo autor, de forma que o leitor ao longo da leitura acaba por dar muita importância a todos eles, ficamos sempre com a percepção que todos eles surgirão a qualquer momento na história como fundamentais para o desfecho da narrativa.

Essa maneira de lidar com os personagens fica claro nessa obra, as histórias dos mesmos em alguns momentos, e muitas vezes até por longo período da narrativa, "correm" paralelamente sem se esbarrarem, mas descretamente o autor sinaliza para o leitor, que não deixe de prestar atenção em todas as informações dadas sobre o personagem, pois elas serão primordiais para a compreensão do romance.

A trama é muito bem "amarrada", prende à atenção de forma impressionante o leitor, ficasse sempre com a impressão de que elucidamos o desfecho da história, mas somos mais adiante, obrigados a reconhecer que estávamos redondamente enganados. 

O livro é sem dúvida nenhuma, na minha opinião, uma obra que deve ser lida e apreciada. Divirtam -se. 

Descrição da Editora:

Duas pessoas igualmente obstinadas em rota de colisão.

Uma, o governador do Kentucky, Oliver Russell. Um homem com planos de ganhar a Casa Branca. A outra, a bela e ambiciosa Leslie Stewart. Uma mulher determinada a vê-lo perder tudo. Em breve, os dois descobrirão que mesmo os planos mais perfeitos podem dar errado. E com consequências mortais.

Envolvente a cada página, O plano perfeito é Sidney Sheldon em sua melhor forma. Conhecedor como poucos das técnicas da narrativa, Sheldon introduz o leitor no universo de duas das mais poderosas instituições americanas: a política e a imprensa. Traz manipuladores e patifes, seja no universo político, financeiro ou sexual.

Sobre o autor:

Sidney Schechtel, mais conhecido como Sidney Sheldon, foi um escritor e roteirista norte-americano. Durante sua vida, Sheldon publicou 18 romances; todos alcançaram a lista de mais vendidos do jornal The New York Times. 

Nascimento: 11 de fevereiro de 1917, Chicago, Illinois, EUA.

Falecimento: 30 de janeiro de 2007, Eisenhower Health, Rancho Mirage, Califórnia, EUA.

domingo, 23 de abril de 2023

Livro: "Eu sou Malala" Autoras: Christina Lamb e  Malala Yousafzai. Análise (opinião) literária. Incentivo á leitura. Desenvolver o prazer pela leitura.


 Todos nós temos uma história de vida, e todas elas têm sua importância, principalmente para quem as escreveu na maioria das vezes a duras penas. Alguém já disse que quando morrermos no dia seguinte outra pessoa ocupará o nosso emprego, os nossos bens serão divididos pelos nossos herdeiros, as nossas roupas serão doadas, ou seja, o tempo fará com que as pessoas nos esqueçam. A não ser que façamos de nossa história de vida, algo que as pessoas considerem suficientemente interessante e inspirador para que essa história não se perca e seja propagada para as gerações seguintes. E claro que a nossa história sempre será muito importante para as pessoas que amamos e para as que nos amam, mas uma trajetória existêncial que faça com que milhões de pessoas em todo o mundo se inspirem e reconheçam sua importância, aí sim, é muito mais difícil, principalmente quando essa história de vida ainda está no começo. 

O livro "Eu sou Malala" de Christina Lamb e Malala Yousafzai, é uma dessas histórias de vida que mesmo estando apenas no início de sua trajetória, já nos inspira de forma acachapante. 

A obra, que usa uma narrativa simples e de fácil entendimento para quem à lê, coloca o leitor em contato com uma realidade que para muitos é impensável. A situação das mulheres de um modo geral nas mais diversas culturas, nunca foi confortável, mas com o passar do tempo, conquistas foram sendo alcançadas a duras penas, mas algumas culturas impõem até hoje regras desumanas e inaceitáveis as mesmas, e isso fica de forma muito clara no livro de Malala. 

Quando o extremismo religioso se mistura de forma irremediável com política, torna-se uma máquina poderosa geradora de barbárie, sofrimento, violência e pobreza extrema. 

E a biografia da coautora desse excelente livro, nos da a receita para que evitemos o surgimento de novas máquinas de terror, que é educação, educação e só educação para todos, de forma igualitária com equidade. 

Descrição da Editora:

Quando o Talibã tomou controle do vale do Swat, uma menina levantou a voz. Malala Yousafzai recusou-se a permanecer em silêncio e lutou pelo seu direito à educação. Mas em 9 de outubro de 2012, uma terça-feira, ela quase pagou o preço com a vida. Malala foi atingida na cabeça por um tiro à queima-roupa dentro do ônibus no qual voltava da escola. Poucos acreditaram que ela sobreviveria. Mas a recuperação milagrosa de Malala a levou em uma viagem extraordinária de um vale remoto no norte do Paquistão para as salas das Nações Unidas em Nova York. Aos dezesseis anos, ela se tornou um símbolo global de protesto pacífico e a candidata mais jovem da história a receber o Prêmio Nobel da Paz. Eu sou Malala é a história de uma família exilada pelo terrorismo global, da luta pelo direito à educação feminina e dos obstáculos à valorização da mulher em uma sociedade que valoriza filhos homens. O livro acompanha a infância da garota no Paquistão, os primeiros anos de vida escolar, as asperezas da vida numa região marcada pela desigualdade social, as belezas do deserto e as trevas da vida sob o Talibã. Escrito em parceria com a jornalista britânica Christina Lamb, este livro é uma janela para a singularidade poderosa de uma menina cheia de brio e talento, mas também para um universo religioso e cultural cheio de interdições e particularidades, muitas vezes incompreendido pelo Ocidente. “Sentar numa cadeira, ler meus livros rodeada pelos meus amigos é um direito meu”, ela diz numa das últimas passagens do livro. A história de Malala renova a crença na capacidade de uma pessoa de inspirar e modificar o mundo.

Sobre as autoras: Christina Lamb é jornalista e correspondente no Paquistão e no Afeganistão desde 1987. Formada em Oxford e Harvard, é autora de cinco livros e vencedora de diversos

Malala Yousafzai , militante pela educação do vale do Swat, no Paquistão, chamou a atenção do público ao escrever para a BBC Urdu a respeito da vida sob o Talibã e sobre a luta de sua família em defesa do direito à educação feminina. Em outubro de 2012, Malala foi perseguida pelo Talibã e atingida na cabeça por um tiro quando voltava de ônibus da escola. Contrariamente às expectativas, sobreviveu e agora continua sua campanha por educação por meio do Fundo Malala, uma organização sem fins lucrativos de apoio educacional em comunidades ao redor do mundo.

quinta-feira, 13 de abril de 2023

Livro: "O caçador de pipas". Autor: Khaled Hosseini. Análise (opinião) literária. Incentivo á leitura. Desenvolver o prazer pela leitura.


 Uma história quando bem contada nos fascina, nos prende, faz com que  desejemos  que a história contada se prolongue indefinidamente, pois bem, fui acometido por essa sensação quando da leitura  do livro "O caçador de pipas" do escritor Khaled Hosseini.

Um romance com uma narrativa limpa, fluida, sem floreios desnecessários, direito ao ponto. Tido por muitos como sendo uma autobiografia, o autor nos emociona de forma definitiva ao nos mostrar através de personagens concebidos com personalidade  forte, o sofrimento a que um povo pode ser submetido, quando se torna refém das divisões étnicas que a própria caminhada evolutiva desse povo lhes impõem, muitas vezes por motivos circunstânciais. O problema e que em algum momento da história, essa divisão é inescrupolosamente utilizada para arrasar com toda uma nação. 

Como toda a história tem vários lados, e todos eles visto sob o prisma de quem a conta tem a sua verdade, essa não é diferente, mas talvez seja essa uma das maiores virtudes dessa obra, porque ela consegue através dos dilemas vivenciados por seus personagens, nos passar que as verdades das pessoas têm sempre como alicerce as vivências de sua caminhada, portanto como contestar uma "verdade" que foi  forjada a ferro e fogo na alma do caminhante.

O que o autor tenta deixar claro, e ao meu ver conseguiu, é que as relações humanas são complexas e desafiadoras, ainda mais quando o contexto em que elas se realizam é  perverso e desumano, como o da história contada, mas que também só será possível melhorar essas relações se posições radicais forem deixadas em segundo plano, no entanto a retrospectiva histórica nos ensina que tal atitude é improvável. 

Um excelente livro. 

Descrição da Editora

"O Caçador de Pipas" é um romance com tintas autobiográficas que conta a história da amizade de Amir e Hassan, dois meninos quase da mesma idade, que vivem vidas muito diferentes no Afeganistão da década de 1970.

Amir é rico e bem-nascido, um pouco covarde, e sempre busca a aprovação de seu próprio pai. Hassan, que não sabe ler nem escrever, é conhecido pela coragem e bondade. Os dois, no entanto, são loucos por histórias antigas de grandes guerreiros, filmes de caubói americanos e pipas. E é justamente durante um campeonato de pipas, no inverno de 1975, que Hassan dá a Amir a chance de ser um grande homem, mas ele não enxerga sua redenção. Após este episódio, Amir vai para os Estados Unidos, fugindo da invasão soviética ao Afeganistão, mas 20 anos depois Hassan e a pipa azul o fazem voltar à sua terra natal para acertar contas com o passado.

Best-seller mundial, este livro vendeu mais de 5 milhões no mundo todo e ganhou uma versão cinematográfica.

Sobre o autor 

O médico e escritor Khaled Hosseini nasceu na capital do Afeganistão, em Cabul, no dia 4 de março de 1965. Ele é filho de uma professora do segundo grau e de um funcionário do Ministério do Exterior. Junto a seus familiares ele parte para Teerã, cidade iraniana, em 1970, quando seu pai é transferido para prestar serviços na Embaixada do Afeganistão neste país.

A família Hosseini volta para Cabul em 1973. Neste mesmo ano, na noite do nascimento de seu irmão caçula, o país passa por um golpe de estado frio, sem violência. Três anos depois Khaled e seus familiares são enviados para Paris, novamente por compromissos profissionais de seu pai. A partir daí eles não mais podem retornar a sua terra natal, pois os comunistas conquistam o poder através de uma violenta insurreição.

Atualmente Hosseini mora na Califórnia, ao lado da esposa Roya e dos filhos Haris e Farah. Neste país ele escreve sua obra-prima, O Caçador de Pipas, sucesso de crítica e de público. O escritor só voltou para visitar o Afeganistão depois que seu romance já estava impresso, e ficou perplexo com o que viu, considerado por ele muito mais arrasador do que ele podia conceber.

quinta-feira, 30 de março de 2023

Livro: "Na margem do Rio Piedra eu sentei e chorei ". Autor: Paulo Coelho. Análise (opinião) literária. Incentivo á leitura. Desenvolver o prazer pela leitura.


 O livro de Paulo coelho, "Na margem do Rio Piedra eu sentei e chorei", é  como a própria orelha da obra define "Uma história de amor"

As histórias de amor têm como definição para a sua elaboração alguns tópicos que não podem faltar. Desenvolver personagens apaixonantes, e isso não significa que não tenham defeitos, o casal não precisa combinar em tudo, os desafios tornam o amor mais intenso e tente fugir dos clichês. 

Quero aqui confessar que esse foi o primeiro livro que li do escritor Paulo Coelho, portanto não tenho, e nem poderia ter, opinião formada sobre o estilo do autor. O que poderia afirmar da obra em questão é, como leitor o livro não preencheu as minhas expectativas. 

Como dito acima, a historia de amor Contada pelo autor tenta preencher todos os requisitos necessários para ser um bom texto, acrescentando ainda um toque de misticismo, fé e religiosidade. No entanto para mim e só para mim, quero frisar, achei a historia lenta de enredo fraco e monótono, e por muitas vezes não conseguiu fugir dos clichês. 

Porém eu recomendo a leitura do livro, porque o facinante dos livros e que as histórias batem de modos diferentes nas pessoas que as lêem, dependendo do momento e das circunstâncias em que a leitura é feita.

Por isso a leitura nunca deve ser descartada por opiniões de terceiros, cheguem as suas próprias conclusões. 

Resenha da Editora:

“Quem ama venceu o mundo, não tem medo de perder nada. O verdadeiro amor é um ato de entrega total.” ― Paulo Coelho Quando foi publicado, a tiragem inicial de 30 mil exemplares de Na margem do Rio Piedra eu sentei e chorei esgotou em uma semana. Ao mesmo tempo, sua publicação em outros países já era negociada ― este livro chegou a ser lançado em mais de quarenta idiomas. Um sucesso inimaginável mesmo considerando que, naquela época, Paulo Coelho já era o nosso autor mais lido internacionalmente. Esta obra narra a história de dois amigos que se separam e voltam a se encontrar onze anos depois. Durante todo esse tempo, muita coisa mudou. Pilar se tornou uma mulher forte e independente e ele se tornou um líder espiritual extremamente carismático, capaz de influenciar multidões. O que para Pilar, a princípio, seria um rápido encontro, se transforma em um novo relacionamento que vai fazer que ambos tenham que enfrentar seus próprios obstáculos interiores. Em um romance que fala de entrega, dor, sofrimento, perdão e esperança, Paulo Coelho nos mostra que o amor é a melhor forma de trilharmos o nosso caminho. “[Em Na margem do Rio Piedra eu sentei e chorei], Coelho reafirma sua fé no cristianismo, evocando uma raiz pagã para a figura da Virgem Maria, identificada à Grande Deusa, ou Grande Mãe, divindade celta da fertilidade.” ― Folha de S.Paulo “A história de Na margem do Rio Piedra eu sentei e chorei é linda e inocente como uma parábola santa.” ― Cosmopolitan, França “A tradução simples, mas de alguma forma elevada, captura a sincera crença de que na vida diária estamos no meio do extraordinário.” ― The Times, Reino Unido

Sobre o Autor:

Nascido em 1947, no Rio de Janeiro, PAULO COELHO atuou como dramaturgo, jornalista e compositor, antes de se dedicar à literatura. É considerado um fenômeno literário, com sua obra publicada em mais de 170 países e traduzida para 84 idiomas. Juntos, seus livros já venderam 230 milhões de exemplares em todo o mundo.