sexta-feira, 5 de abril de 2024

Livro: " Vamos Ao Que Interessa". Autor: João Pereira Coutinho. Análise (opinião) literária. Incentivo a leitura. Desenvolver o prazer pela leitura.



O livro "Vamos ao que interessa" do Autor João Pereira Coutinho é, do começo ao fim, totalmente fiel ao título. De forma leve e, utilizando-se de um toque de humor cítrico, o autor não foge de se posicionar sobre questões que se impulsaram a sociedade à época que as crônicas foram escritas. De forma brilhante, coloca o seu ponto de vista, amarrando as suas posições com exemplos e, análises alicerçadas na sua bagagem intelectual, que é, facilmente percebida ao longo da leitura das suas crônicas.
As suas posições, podem até eventualmente não serem compartilhadas por todos que se propuseram a ler essa obra, mas certamente fará, com que observemos outras perspetivas sobre fatos, que a princípio tínhamos opiniões formadas.
A radicalização de posições, é uma constante na nossa atual sociedade. Está cada vez mais difícil darmos a nossa opinião, sem corrermos o risco de sermos crucificados por tal entendimento. Grupos que se arvoram como detentores do direito de determinar o que é certo é, o que é errado, muitas vezes, ou quase sempre, nos julgam utilizando como parâmetros as suas teorias rasas do "politicamente correto". O autor consegue livrar-se dessas amarras, desarmando os espíritos, valendo-se de uma narrativa leve e, inteligente. O leitor deve também encarar a leitura do livro, com o espírito desarmado, certamente isso fará com que a leitura fique extremamente agradável e, agregadora.

Descrição da Editora:

"Este não é um livro de crônicas. É um livro de obsessões." Assim o escritor e cientista político português João Pereira Coutinho define Vamos ao que interessa, reunião dos cem melhores textos que ele escreveu para a Folha de S.Paulo entre 2008 e 2015. As obsessões de Coutinho são variadas: vão desde o irracionalismo dos profetas socialistas até a pregação sanguinária dos fundamentalistas, desde as asneiras dos politicamente corretos até as sandices dos relativistas da cultura. Para o escritor, todos esses, cada qual em seu quintal, conspiram em conjunto para um propósito: fazer de nosso tempo uma era de brutalidade e loucura. Para eles, Coutinho tem apenas uma resposta, indo diretamente ao que interessa: a defesa incondicional da liberdade individual e da tradição democrática do Ocidente. Como afirma o autor, na introdução inédita escrita para o livro, é preciso "cultivar o que merece ser preservado e cultivado", como a "beleza possível" e "a fruição dos domésticos prazeres: lugares, memórias, histórias". Entre a análise política e o comentário social, entre a crítica da cultura e a crônica de costumes, os textos conduzem o leitor com inteligência por temas essenciais de nossa época, convidando-o a recuperar a reflexão, a serenidade e o humor.

Sobre o autor:
João Pereira Coutinho nasceu no Porto em 1976. É colunista da Sábado, do Correio da Manhã e do diário brasileiro Folha de S. Paulo. Escreveu nos semanários Expresso (2004 - 2008) e O Independente (1998 - 2003). Doutorou-se em Ciência Política e Relações Internacionais pelo Instituto de Estudos Políticos da Universidade Católica Portuguesa, em Lisboa, onde também é professor. Pelas Publicações Dom Quixote, é autor de Conservadorismo (ensaio, 2014) e Vamos ao que Interessa (crónicas, 2015).

 

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