0 livro "Uma Mulher Sem Importância", da escritora Sonia Purnell, jornalista inglesa de prestígio, com passagens pela revista The Economist e pelos jornais The Telegraph e The Sunday Times, e que nos últimos anos, vem se dedicando à carreira de biógrafa, é uma espécie de resgate da verdade sobre uma personagem, que foi relegada ao esquecimento, porque a história por motivos muitas vezes inexplicáveis não faz justiça à alguns de seus personagens.
Tenho para mim que talvez um dos principais benefícios que uma "honesta" biografia desencadeia, é que de uma maneira ou outra, obriga que as pessoas que têm acesso a ela, reflitam sobre a história do biografado, e tenham a oportunidade de chegar as suas próprias conclusões, fazendo uma análise do conhecimento que tinham a respeito da questão, mas agora levando em conta as novas informações disponibilizadas pela "honesta" biografia.
Em relação ao livro, é sem dúvida um excelente trabalho, nota-se sem esforço o intenso trabalho de pesquisa realizado pela autora, os fatos contados com riqueza de detalhes fazem com que a leitura se torne prazerosa e fluida.
A história de vida de Virgínia Hall é realmente inspiradora, ela é a prova cabal que algumas pessoas vêm ao mundo para fazer a diferença, e suas trajetórias tem a capacidade de mudar a vida das pessoas em circunstâncias inimagináveis.
Apreciem a história de vida dessa mulher, como se estivessem lendo uma incrível narrativa de suspense, terror, morte, mas também de amor, esperança, dignidade e principalmente liberdade. E o que é impactante, isso tudo realmente aconteceu.
Descrição da Editora:
Filha de um banqueiro americano e muito aventureira, Virginia perdeu parte da perna esquerda enquanto caçava pássaros com amigos, ao cair de uma cerca e acidentalmente atirar à queima-roupa no próprio pé. A prótese de madeira foi um impeditivo ainda maior na realização do sonho de se tornar diplomata, à época uma tarefa masculina, mas não na excelência do trabalho como espiã.
Ela começou dirigindo ambulâncias na França no início da Segunda Guerra Mundial e mais tarde treinaria células de resistência para sabotagens de guerrilha, como explodir pontes e até mesmo descarrilar um trem de carga. A espiã ajudaria ainda a preparar o terreno para que as forças aliadas invadissem a Normandia e a Provença.
Como líder de guerrilha, Virginia foi uma personagem decisiva no rumo da espionagem e no ponto de vista em relação às mulheres na guerra — além do curso que a luta tomaria na França.
A vida cinematográfica da maior espiã da Segunda Guerra Mundial Em 1942, a Gestapo, polícia secreta nazista, enviou uma mensagem urgente: “Ela é a mais perigosa de todos os espiões aliados. Devemos encontrá-la e destruí-la.”
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